D. Manuel Clemente pede respeito pela vida humana, compromisso na construção de uma sociedade digna e promoção da família
Porto, 25 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, apelou este domingo aos católicos para resistirem com “fé” ao “receio” e “recuo” perante correntes de opinião contrárias às convicções cristãs.
“Isto mesmo e sobretudo quando nos disserem que não vale a pena cumprir uma lei tão alta como a do próprio Deus e seguir um caminho tão estreito como o de Jesus; que ser verdadeiro, honesto, puro, fiel e bondoso são ideais ultrapassados, de pouco gozo e menos lucro”, vincou na sé portuense durante a homilia da missa de Domingo de Ramos, enviada à Agência ECCLESIA.
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa frisou que fiéis devem manter-se igualmente firmes diante das tendências que defendem que “salvaguardar a vida de todos e de cada um, da conceção à morte natural, é nadar contra a corrente e persistência inglória”.
Os católicos são chamados a argumentar com quem considera que “promover ativamente a família, assente na complementaridade homem – mulher e na sucessão geracional, é apenas uma hipótese entre outras equivalentes” ou que “empenhar-se na construção duma sociedade justa e solidária, onde não falte a ninguém o que a dignidade humana sempre requer, não passa dum belo ideal”.
“Quando seguimos Cristo na prática das bem-aventuranças, não nos faltam ‘anjos’, ou seja, sinais de que é esse o caminho, de que vamos bem e não estamos sós. Reforçam-se nessa altura as verdadeiras amizades, confirmam-se os bons propósitos, abrem-se portas onde só apareciam muros”, afirmou.
Na missa, a primeira da Semana Santa, o bispo salientou que o menosprezo da oração enquanto forma de resistir à “tentação” é a “grande advertência” que Deus lança aos católicos.
D. Manuel Clemente pediu aos fiéis que vivam a também designada ‘Semana Maior’ com “reforçada atenção à liturgia da Igreja”, especialmente no Tríduo Pascal, que começa na Quinta-feira Santa e termina no domingo de Páscoa.
RJM