A Paróquia da Sé, na Guarda, reuniu recentemente com o director e técnicos da Delegação Regional de Castelo Branco do IPPAR – Instituto Português do Património Arquitectónico, a quem deu conta do interesse em melhorar as condições da Sé Catedral, com o objectivo de aumentar o conforto e a dignidade das celebrações religiosas. Segundo o pároco António Moiteiro Ramos, no encontro, que incluiu uma visita à Sé Catedral, foram colocados os problemas da iluminação do altar e da cadeira do presidente da celebração, a localização do órgão de tubos “e a possibilidade de tornar as celebrações mais acolhedoras, incluindo o aquecimento”. “O IPPAR ficou de estudar os temas para os concretizar”, disse o sacerdote ao Jornal A Guarda. “As obras teriam que ser feitas em colaboração entre o IPPAR e a Paróquia, uma vez que o IPPAR não tem dinheiro”, acrescentou o pároco da Sé, salientando que “é urgente pôr a igreja muito mais confortável”. O responsável pela Delegação Regional de Castelo Branco do IPPAR, José Afonso, confirmou ao Jornal A Guarda que, de facto, o instituto não dispõe de verbas que permitam efectuar as intervenções que são necessárias na Sé Catedral, mas mostra-se disponível para “prestar apoio técnico à obra e nalguns projectos”, caso a Paróquia tencione avançar com os mesmos. “Temos projectos em carteira, mas não podem ser lançados porque não há verbas”, garantiu José Afonso, dando o exemplo do projecto das redes de instalação sonora e de iluminação, que já está concluído e aguarda o lançamento do respectivo concurso. O director regional do IPPAR reconhece que as intenções da Paróquia da Sé são legítimas, são situações que já estavam referenciadas, mas ainda não avançaram por causa do corte de verbas. José Afonso salienta a urgência em instalar um sistema de aquecimento, visto que a Sé “é muito fria no Inverno” e uma iluminação para a mesa do altar, ainda que possa ser provisória, dado que está previsto um projecto de remodelação total da rede eléctrica. Segundo o mesmo responsável, em “estudo” também continua a possibilidade da instalação do tão desejado órgão de tubos. Um elemento ligado ao processo que se arrasta “há muitos anos”, lamenta o atraso na instalação do equipamento, visto que a Sé da Guarda continua a ser a única que não tem um órgão de tubos. Já foi pedido ao IPPAR “que dissesse onde se põe o órgão e o IPPAR ainda não decidiu”, salientou.