Sacerdote vai celebrar bodas de prata, este domingo, na Gafanha da Nazaré
Lisboa, 26 jun 2021 (Ecclesia) – O padre Carlos Alberto Pereira de Sousa, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, está a assinalar os 25 anos de ordenação presbiteral enquanto se prepara para assumir novas funções pastorais, depois de três em missão no Brasil.
“A partir de setembro vou-me dedicar ao trabalho com o Movimento de Schoenstatt em Lisboa, em três áreas específicas – a campanha da Mãe Peregrina, a Liga dos Homens e a Liga das Mães –, e no Porto, a assistência em geral ao movimento uma vez por mês”, explicou à Agência ECCLESIA.
O padre Carlos Alberto Sousa foi ordenado a 29 de junho de 1996 e as “bodas de prata” vão ser celebradas este domingo com uma Missa, às 18h00, no Santuário de Schoenstatt, Gafanha da Nazaré, na Diocese de Aveiro, de onde é natural.
O sacerdote regressou a Portugal em julho de 2020, depois de três anos no Brasil, onde foi reitor do Santuário de Schoenstatt em Pernambuco, e assistente do movimento na Arquidiocese de Olinda-Recife.
“Senti-me muito realizado no sacerdócio e o que mais me marcou foi a religiosidade desse povo do nordeste. Esse povo ajudou-me a perceber a alegria do sacerdócio, estou muito agradecido por essa experiência”, refere.
Foi uma experiência muito enriquecedora, estive três anos e foi tão intensa a vivência do meu sacerdócio que sinto como que tivesse quase todo o meu sacerdócio lá”.
O padre Carlos Alberto Sousa diz que encontrou uma situação complexa, com a rejeição de valores “anticristãos” por parte de uma população muito marcada por sentimentos religiosos, o que levou a mudanças políticas.
“É difícil encontrar palavras para a realidade política e social, que é muito complicada. Um dos grandes problemas é uma corrupção feroz, com elementos de Igrejas metidos em situações estranhas, isso chocava-me muito”, desenvolve, salientando que também encontrou “pessoas boas, políticos bons”.
Em relação à pandemia Covid-19, num país com mais de mais de 500 mil óbitos, o sacerdote lamenta a ausência dos cuidados devidos” e “os transportes públicos cheios”, para além de divergências políticas.
Ao serviço da Igreja e do Movimento de Schoenstatt esteve em Lisboa entre 1996 e 2003, “um trabalho com a juventude”, de colaboração diocesana, onde foi também capelão na Academia do Sporting.
Entre 2003 e 2017, o padre Carlos Alberto Sousa regressou à Diocese de Aveiro, onde viveu “essencialmente a grande parte do sacerdócio”, e recorda a assistência ao movimento e o serviço na e com a Igreja local.
“Foi muito gratificante e mantenho como recordação todo o trabalho que foi inserir-me mais nas coisas diocesanas, ter bastante contacto com o clero e bispo diocesano, até fazer parte do conselho presbiteral. Foi uma riqueza muito grande não estar só dentro da espiritualidade de Schoenstatt mas uma abertura muito mais à Igreja”, desenvolveu.
A celebrar 25 anos de sacerdócio, o padre Carlos Alberto Sousa afirma que a “culpa” da sua vocação “é da Nossa Senhora e do Movimento de Schoenstatt”, que conheceu aos 17 anos.
“Nunca tive presente a vocação ao sacerdócio, nunca me passou pela mente. A decisão acabou por ser sim e foi em Schoenstatt que aprofundei a minha fé. Sou católico, ia à Missa mas nada mais do que isso”, recordou.
O padre Carlos Alberto Sousa fala sobre a importância dos movimentos apostólicos e salienta que “o mais importante é que as pessoas que fazem partes dos movimentos sejam fiéis no seu carisma, vivam verdadeiramente, dentro de um espirito eclesial, que seja de Igreja e não capelinhas fechadas”.
CB/OC