Hospital de Santa Maria e Pulido Valente formalizam procedimentos com diferentes líderes e comunidades religiosas
Lisboa, 29 abr 2015 (Ecclesia) – O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte afirmou à Agência ECCLESIA que estão a ser definidos os “procedimentos” que garantam a assistência espiritual e religiosa às várias confissões e aos diferentes cultos.
O Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, constituído pelo Hospital de Santa Maria e Pulido Valente, promoveu, esta terça-feira, uma reunião com líderes de outras igrejas e comunidades religiosas para analisar o decreto-lei 253/2009, que regulamenta o SAER.
“O que aqui hoje fizemos foi encontrar um conjunto de procedimentos para ficarem aprovados pelo Conselho de Administração e integrados no nosso regulamento”, disse Carlos Neves Martins no final do encontro, afirmando a necessidade de dar “igualdade de direitos” aos doentes e às suas famílias, como acontece já de “forma informal”.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte valoriza a iniciativa do SAER, que traduz “um trabalho que já existia e vai continuar a existir”, agora formalmente, uma vez que aos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente chegam doentes de “vários cultos, religiões e mesmo várias partes do mundo”.
Para o coordenador do SAER do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, padre Fernando Sampaio, a realização do encontro com líderes de outras confissões e comunidades religiosas marcou o início “formal” da assistência espiritual e religiosa “não vinculada”.
“Inicia-se uma nova forma de prestar assistência espiritual e religiosa nestes hospitais porque inclui não apenas a assistência espiritual vinculada, por parte daqueles que têm vínculo ao hospital, pela Igreja Católica, mas todas as outras igrejas, associações e comunidades religiosas que, não sendo vinculadas, os doentes têm direito à assistência”, afirmou o padre Fernando Sampaio.
Para o coordenador do SAER as “rotinas” que garantem o atendimento a todos os doentes “estão definidas” e têm na ocasião da admissão do doente o momento principal, uma vez que é necessário solicitar a assistência espiritual e religiosa.
“O início do processo acontece quando os doentes expressam a sua vontade, solicitando a assistência na altura do internamento. Cria-se uma ficha da assistência espiritual que é comunicada ao SAER, que informa os diversos assistentes acreditados, de acordo com as solicitações feitas”, explicou o coordenador.
Para o padre Fernando Sampaio, os “aspetos práticos” que garantam a presença dos vários assistentes espirituais vão ser trabalhados, implementando uma assistência espiritual e religiosa que seja “organizada, regular, transparente” e que permita “pensar os cuidados espirituais e religiosos como cuidados de saúde”.
Para além de garantir a presença dos assistentes espirituais e religiosos vinculados e não vinculados, o Centro Hospitalar Lisboa Norte deseja “encontrar um local de culto” comum às várias igrejas e comunidades religiosas que proporcione aos doentes e às suas famílias um espaço de “recolhimento, reflexão e oração”, disse o presidente do Conselho de Administração, Carlos Neves Martins.
PR