Portugal: Instituições de Solidariedade condecoradas no presidente da confederação

Padre Lino Maia destaca mérito do povo português no alívio da crise

Lisboa, 29 abr 2015 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o padre Lino Maia, foi condecorado hoje com o grau de grande-oficial, pelo presidente da República, e destacou a ação e intervenção destas instituições e do povo português.

“É sobretudo o reconhecimento do que muito e bem fazem as instituições de solidariedade com entusiasmo, dedicação, resiliência. Estas organizações é que merecem de facto todo o reconhecimento e gratidão. Eu estou apenas ao serviço delas!”, assinalou o sacerdote, no Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações.

Aos jornalistas, no fim da cerimónia no Palácio de Belém, o padre Lino Maia deu eco às palavras de Aníbal Cavaco Silva que reconheceu que Portugal de “algum modo ultrapassou, não totalmente”, uma crise muito difícil devido à intervenção das IPSS.

O presidente da CNIS destacou que as instituições particulares de solidariedade social não ficam “à espera de receber” ou que os outros façam mas dão um “sinal ao mundo” que só se avança se cada um “reparar na sorte” de quem está ao seu lado, se for de algum modo “guarda do seu próximo”.

Num contexto desfavorável de crise económica, o homenageado, em intensão de “proselitismo”, frisou que este setor foi o “único” em que nenhuma instituição encerrou, ninguém foi despedido mas com “menos meios” houve “aumento de emprego”.

O ministro do Emprego, Solidariedade e Segurança Social também esteve +ressente na sessão e o padre Lino Maia observou que houve um “grande diálogo” e “sentido de cooperação permanente” com o Governo.

“Não houve cortes às instituições mas pedido de mais apoios, mais serviços. Houve diminuição da coparticipação dos utentes muito significativa mas não se desistiu de ninguém”, desenvolveu o sacerdote.

Segundo o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade a crise “não está vencida” mas Portugal “não sentiu tanto as dores” porque as pessoas no seu quotidiano, nas “aldeias mais pequenas”, souberam agir em favor do próximo.

Para o sacerdote, esta é também uma das formas que os cristãos crentes vivem a fé que “não se celebra apenas nos templos” mas “no amor ao próximo”, algo que os portugueses “sabem dizer e viver”.

“Isto merece ser estudado não é mérito de ninguém em especial e muito menos meu. É mérito do povo português”, frisou.

Com o padre Lino Maia foram distinguidas mais doze personalidades ligadas ao serviço social pelo presidente da República que elogiou a sua ação junto dos “mais frágeis”, no Palácio de Belém, em Lisboa.

OC/CB

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