São Paulo: «missionário para o nosso tempo»

Conferências quaresmais nas paróquias da Guarda «A dinâmica missionária de S. Paulo» foi o tema da segunda conferência quaresmal das Paróquias da cidade da Guarda, que se realizou no dia 10 de Março e foi orientada pelo Bispo auxiliar de Braga, D. António Couto. D. António Couto começou por situar S. Paulo na geografia do seu tempo. De seguida serviu-se de algumas passagens das cartas de S. Paulo que serviram para abordar as características missionárias de Paulo. A primeira passagem (Filipenses 3,12) revela a identidade de Paulo. Paulo saiu vencido da luta que travou com Cristo. A mesma energia que usou para perseguir os cristãos usou-a para anunciar Cristo pelo qual fora vencido. Paulo é um homem de uma só causa, de uma só pessoa; serviu Cristo a cem por cento. Depois de se deixar vencer por Cristo, atira-se para a frente esquecendo o que está para trás, considerando como lixo as realidades anteriores. Paulo sem Cristo não é nada, não existe, por isso se coloca sempre ligado a Cristo em todas as suas treze cartas. É pela graça de Deus que ele é o que é. Paulo não corre sozinho para a meta, mas em conjunto, em comunidade, porque sem a comunhão não sabe viver. O segundo texto (1Tessalonisenses 2, 7-12) mostra as causas do sucesso missionário de Paulo. Sente-se sempre muito próximo das pessoas fazendo-se tudo para todos. Torna-se criança no meio dos crentes. Não se apresenta como senhor, mas sim desarmado. É como a mãe que acalenta os seus filhos até dar a vida. Usou uma metodologia personalizada tratando cada um como seus filhos. É manifestação da Graça de Deus que só sabe dizer “sim” e que olha por nós. O terceiro texto (Romanos 16, 1-15) mostrou-nos a estratégia missionária de Paulo aos associar a si colaboradores. Depressa chegou à conclusão que necessitava de quem o ajudasse a levar Cristo aos irmãos. Os companheiros de Paulo são servidores da comunidade, são cooperadores seus e estão ao mesmo nível que o Apóstolo. São um só ao ponto de darem a vida por Paulo. Manda aos cristãos que saúdem os seus colaboradores. São pessoas com nome e com rosto. Cria uma nova relação com os cristãos quando manda saudar a Igreja que se reúne em casa de …. Pede que esses colaboradores promovam cooperadores para auxílio na missão (2 Tim. 2, 1-2) No último texto referenciado (Colossenses 3, 12-17) Paulo pede a todos que se revistam de Cristo. Revestir-se de Cristo é assumir a vida dos outros, é ter vísceras de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e magnanimidade. Não andemos nus por dentro, mas revistamo-nos do amor que é o vínculo da perfeição. A Palavra de Cristo habite em nós com abundância, cantando a Deus de todo o coração. Que tudo seja feito em nome do Senhor Jesus. As conferências continuaram ontem, 18 de Março, com o tema “A vida Cristã em S. Paulo”, sendo orador Jorge Cunha, Professor da Universidade Católica. Estão ainda programadas conferências para o dia 25 de Março e 1 de Abril. Na primeira data o Padre Vasco Pinto Magalhães que falará sobre “São Paulo para hoje: crise e esperança”, e, na segunda, D. Anacleto Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa, abordará o tema “Jesus Cristo em São Paulo”.

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