São Martinho de Dume e a Igreja bracarense

A propósito da devolução do túmulo de S. Martinho de Dume à paróquia de que é titular, prevista para o próximo Domingo, o Diário do Minho publica na sua edição de hoje um estudo de José Marques, no qual este historiador recorda alguns aspectos relevantes da acção daquele Bispo na organização da Igreja bracarense. Para este especialista, “São Martinho de Dume/Braga, além da evangelização dos suevos que lhe mereceu o título de apóstolo dos suevos, esteve intimamente ligado à organização diocesana e paroquial deste mesmo reino, organização que conhecemos, desde 569”. José Marques destaca “a sua ligação ao Oriente e da escola do Mosteiro de Dume”, como transmissor da Cultura clássica aos séculos futuros. “A ele se deve a sólida evangelização desta região do Noroeste, que resistiu às incursões arianas dos visigodos, após a invasão e consequente extinção do reino suevo pelos visigodos, em 585”, aponta. São Martinho de Dume, refere o estudo, “lançou a matriz da rede diocesana do Noroeste, substancialmente, ainda hoje vigente” e marcou profundamente” a luta contra o paganismo”, sendo a prova mais notória e perceptível a nomenclatura dos dias da semana, vigente em Portugal e nos países de expressão oficial portuguesa. “Braga e Dume têm, pois, motivos acrescidos para se orgulharem da obra que nos legou e que nos distingue, mesmo em relação a outras regiões portuguesas. Que estas celebrações sirvam para estimular, não só a devoção a este patrono da Arquidiocese e da paróquia de Dume, mas também para mais intenso estudo e difusão da sua obra religiosa e cultural”, indica José Marques.

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