São Bento «envia» emigrantes em missão pela Europa

O Bispo Auxiliar de Braga, D. António Francisco dos Santos, pediu ontem às centenas de emigrantes que acorreram à romaria/peregrinação em honra de São Bento da Porta Aberta um empenho mais efectivo na evangelização dos países europeus onde residem. Na celebração eucarística, que decorreu na igreja nova do Santuário, em Rio Caldo, Terras de Bouro, o prelado lembrou que era necessário «ir ao encontro dos não crentes» e «de tantos que, na indiferença, no abandono da fé e no ateísmo prático, se distanciaram de Deus e silenciaram Cristo no seu coração». «Quando se deu a queda do Império Romano do Ocidente, a Igreja deixara de ser uma referência de orientação e uma certeza de apoio e de segurança para a Europa», começou por dizer o prelado, que, numa alusão aos momentos mais marcantes da vida de São Bento – fundação de um mosteiro e criação de uma Regra para os respectivos monges, referiu que o Santo «acreditou que era possível evangelizar o nosso Continente » e que «olhou o espaço europeu com esperança e optimismo». Nesse sentido, «urge ir ao encontro dos não crentes » e «de tantos que, na indiferença, no abandono da fé e no ateísmo prático, se distanciaram de Deus, silenciaram Cristo no seu coração e se desvincularam da Igreja, neste outrora tão cristão Continente europeu». Dos romeiros e peregrinos que têm acorrido ao templo terra-bourense destacam- se, sem dúvida, os emigrantes residentes em França e Suíça. D. António Francisco dos Santos aproveitou para recordar que «os problemas são, hoje, diferentes. As respostas têm de ser outras, também». «Mas a arte de uma vida pessoal e familiar saudável, abençoada e feliz, continua certamente a ser a mesma. A ser beneditina, também. Feita de trabalho, de dignidade e de oração», explicou o prelado bracarense, reportando- se à Regra e lema de São Bento “reza e trabalha” (“ora et labora”). «Os nossos santuários são cada vez mais lugares sagrados procurados como altar da Eucaristia e espaço sacramental de Reconciliação ». Numa alusão a São Bento da Porta Aberta, o prelado bracarense também sublinhou «a crescente importância que os santuários assumem na vanguarda da nova evangelização e de exaltar o valiosíssimo trabalho pastoral realizado nos santuários da Arquidiocese de Braga». «Sejam também os nossos santuários oásis espirituais onde se reza pelas vocações, onde florescem as vocações e onde se realizam com criatividade actividades pastorais de índole vocacional », disse o responsável eclesiástico aos romeiros e peregrinos, que lotavam a igreja nova.

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