Conclusões do IV Congresso Europeu de directores de peregrinações e reitores de santuários Os Santuários são locais privilegiados para promover a unidade entre os cristãos. Esta perspectiva foi apresentada no santuário alemão de Kevelaer onde decorreu o IV Congresso Europeu de directores de peregrinações e reitores de Santuários, subordinado ao tema “Ecumenismo da santidade: a peregrinação no início do terceiro milénio”. Os directores de peregrinações e reitores de Santuários europeus constataram que, perante o aumento do turismo e a internacionalização dos residentes nos lugares de peregrinação, é necessária uma pastoral “capaz de comunicar a fé a pessoas de procedência cultural e religiosa muito diversa”. Organizado pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, o encontro reuniu representantes católicos de 21 nações europeias e delegados das Igrejas ortodoxa, evangélica e luterana. Uma mensagem de João Paulo II, na qual expressava o seu desejo de um “renovado compromisso de santidade e caminho frutífero até à plena unidade dos cristãos”, foi lida na abertura do congresso. D. Brian Farrell, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, ressaltou a “potencialidade ecuménica das peregrinações” para os cristãos se encontrarem e aprenderem, uns com os outros, a história, a piedade, a vida litúrgica e a disciplina eclesiástica. De acordo com o prelado, “as peregrinações podem realizar-se nos lugares santos e ser ocasião de oração especialmente para a unidade”. Neste sentido interveio também D. Georg Müller, bispo da diocese norueguesa de Trondheim, cuja catedral é destino de peregrinos luteranos e católicos ao túmulo de São Olaf Haraldson. A veneração do santo é celebrada pelas duas Igrejas em comum desde 1950. Recordando a peregrinação europeia a Santiago de Compostela no passado mês de Abril, D. Nöel Treanor, secretário-geral da Comissão das Conferências Episcopais da UE (COMECE), salientou que “a presença de tantos fiéis, bispos e representantes de outras Igrejas cristãs manifesta o desejo de unidade”.