Santo Cigano

João Paulo II presidiu, no último Domingo, à celebração de beatificação do primeiro cigano. Zeferino Gimenez Malla, cigano de Espanha, que defendeu a cruz de Cristo durante a Guerra Civil Espanhola, foi martirizado pelas forças republicanas em 1936 e merece agora as honras dos altares. Referindo-a Zeferino Gimenez Malla, conhecido por El Pelé, João Paulo II defendeu que “a sua vida mostra como Cristo está presente nos diversos povos e raças e que todos são chamados à santidade que se alcança observando os seus mandamentos e permanecendo no seu amor. O «Pelé» foi generoso e acolhedor para com os pobres, embora fosse também ele pobre; honesto na sua actividade; fiel ao seu povo e à sua raça cigana; dotado de uma inteligência natural extraordinária e do dom do conselho. Foi, sobretudo, um homem de profundas crenças religiosas”. Nos dias de hoje, “Pelé intercede por todos junto do Pai comum e a Igreja propõe-no como modelo a seguir e testemunha significativa da vocação universal à santidade, especialmente para os ciganos que com ele têm estreitos vínculos culturais e étnicos”, adiantou o Papa. Na celebração eucarística do último domingo, João Paulo II proclamou bem-aventurados, ainda, os Servos de Deus Florentino Asensio Barroso, bispo e mártir, Gaetano Catanoso, presbítero fundador da Congregação das Irmãs Verónicas da Santa Face, Henrique Rebuschini, presbítero da Ordem dos Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos e Maria Encarnación Rosal, religiosa reformadora dos Institutos das Irmãs de Belém. Na celebração, foi notória a participação do povo cigano, vindo de numerosos países europeus para assistir à proclamação do primeiro bem-aventurado cigano na história da Igreja, participando activamente na celebração liturgica com cânticos e gestos que caracterizam a etnia cigana. João Paulo II estabeleceu que a festa litúrgica de S.Zeferino Gimenez Malla seja celebrada no dia 4 de Maio.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top