D. José Traquina presidiu à celebração do Corpo de Deus na igreja de Santa Clara
Santarém, 12 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo de Santarém lembrou esta quinta-feira o impacto da pandemia, apelando a uma sociedade mais solidária, durante a celebração da solenidade do Corpo de Deus.
“Os indicadores acerca dos efeitos da pandemia dizem-nos que a vida das pessoas e das instituições da sociedade vai ser muito exigente e desafiante. O tempo que temos pela frente não é para amealhar, é para repartir e subsistir. Inserimo-nos numa sociedade que deve ser mais solidária e devemos dar o exemplo disso a começar em casa”, referiu D. José Traquina, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
A celebração decorreu na igreja de Santa Clara, num ano em que se verificaram limitações às manifestações exteriores ligadas à solenidade, para evitar a propagação do novo coronavírus.
“O mundo tem necessidade do bom testemunho dos cristãos fortalecidos com a celebração da Fé, alimentados com a Palavra e o Pão do céu. A celebração da Eucaristia responsabiliza-nos na realização do milagre necessário para que haja alimento para todos”, apontou o bispo de Santarém.
O responsável católico sublinhou que esta diocese é “modesta de meios”, com diversas Paróquias e Centros Sociais Paroquiais “economicamente frágeis, alguns endividados”.
“Sinto gratidão pelo testemunho dos que promovem a fraternidade em família e pelos que concretizam a caridade organizada na atenção a quem necessita de apoio. É um grande bem assegurar alimentos a quem os não pode comprar, porém, nesta altura, é necessário reconhecer que é também um grande bem um empresário e seus colaboradores trabalharem para a empresa não cair na falência”, acrescentou.
A intervenção começou por sublinhar a importância da “comunhão com Deus e da comunhão com os irmãos”.
Quem se alimenta de Cristo, quem comunga o Corpo de Cristo, alimenta em si a caridade divina e é assim que nos tornamos adeptos de um humanismo cristão defensor do primado da pessoa humana e do bem comum. Um humanismo que não se refugia na indiferença, mas se afirma pela força da bondade e do bem de todos”.
D. José Traquina falou ainda da figura de Santa Clara, jovem cristã de Assis, fundadora da Ordem das Clarissas, “cuja imagem é apresentada habitualmente segurando um ostensório com o Santíssimo Sacramento”.
“Roguemos ao Senhor, neste tempo de especiais preocupações e dificuldades, a Bênção para esta cidade e todas as cidades, vilas e aldeias da área da nossa Diocese. Abençoe todos os que vivem especiais preocupações nas suas vidas, famílias, empresas e instituições”, concluiu.
No final da Missa, foi benzida e entronizada uma imagem de Santa Clara.
OC