Santarém: Bispo começa fase diocesana do sínodo com apelo ao serviço e pede que a missão «seja assumida de forma abrangente»

«Disponhamo-nos a discernir o que Deus quer para Igreja deste tempo», afirmou D. José Traquina

Foto: Diocese de Santarém

Santarém, 18 out 2021 (Ecclesia) – O bispo de Santarém destacou a importância da humildade e do serviço, na Missa de abertura da fase diocesana do Sínodo dos Bispos 2021-2023, e convidou a discernirem “o que Deus quer para Igreja deste tempo”.

“Disponhamo-nos a discernir o que Deus quer para Igreja deste tempo, nomeadamente para a nossa Igreja Diocesana de Santarém. Temos missão nesta terra, mas temos de avaliar o que necessita de ser superado para que a missão seja assumida de forma abrangente e com mais irmãos e irmãs”, disse D. José Traquina, na igreja de Santa Clara.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Santarém espera que este caminho sinodal, proposto pelo Papa Francisco para promoverem “o que deve ser a Igreja neste terceiro milénio, uma Igreja sinodal”, seja uma oportunidade para assumirem a “vocação cristã com humildade e coragem, na beleza e no amor de Deus”.

A partir da liturgia deste domingo, D. José Traquina salientou o “elogio à virtude da humildade”, em contra corrente com a “cultura atual da competitividade”.

“A humildade é a virtude que permite avaliarmo-nos com verdade, com realismo. É a base de outras virtudes e valores humanos e cristãos que fazem a verdadeira riqueza de uma pessoa”, acrescentou.

Segundo o bispo de Santarém, “no interior da Igreja”, todos os ministérios têm de “ser interpretados e exercidos à luz do Evangelho”: “Servir com humildade e largueza de coração”.

“Não só os membros da hierarquia mas todos os que assumem responsabilidades nas comunidades e movimentos, são chamados a agir no mesmo Espírito de serviço que sobre todos foi e é derramado. É neste Espírito Santo que damos início ao Sínodos dos Bispos na fase diocesana”, desenvolveu.

D. José Traquina, que é também o presidente da Comissão da Pastoral Social e Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal Portuguesa, recordou que as autarquias portuguesas estão a realizar as tomadas de posse dos eleitos nas eleições de 26 de setembro, e “importa considerar esses cargos de poder não como domínio”.

“Mas como missão de serviço à comunidade. A atividade política é necessária e exige pessoas com virtude”, acrescentou.

“O exercício do poder político, seja qual for a cor partidária, não pode dispensar a bondade na sua atuação governativa: A sua missão consiste em criar as melhores condições possíveis para o bem-estar e desenvolvimento da população”, acrescentou, afirmando que para “a atividade política é necessária e exige pessoas com virtude”.

Foto: Diocese de Santarém

A abertura do processo sinodal na Diocese de Santarém reuniu sacerdotes, diáconos, e representantes das comunidades religiosas, paroquiais, dos movimentos e secretariados.

As dioceses portuguesas assinalam, a partir deste domingo, a fase inicial de consulta e mobilização das comunidades católicas no processo sinodal convocado pelo Papa, que decorre até 2023.

A auscultação das Igrejas locais é uma etapa inédita, desenhada pelo Papa Francisco, que pediu a cada bispo que replicasse a celebração de abertura que decorreu no Vaticano, a 9 e 10 de outubro, com uma cerimónia diocesana.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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