Santa Teresa chegou às «suas casas» de Viana

O relicário de Santa Teresa do Menino Jesus foi levado aos ombros, em procissão, pelas artérias da cidade de Viana do Castelo, num percurso que ligou a Sé Catedral e o Carmelo de Santa Teresa, pernoitando no Convento do Carmo. A capela do convento de clausura foi pequena para tanta gente que quis entrar num espaço semelhante àquele onde a santa francesa viveu a sua vida de amor íntimo com Deus em prol de toda a humanidade. A prioresa do Convento, Madre Maria das Dores de Jesus Crucificado, falou ao Diário do Minho da grande graça e bênção que constitui para a comunidade receber as relíquias. Depois de vivida uma intensa novena preparatória deste grande dia, a Madre Maria das Dores disse que o espírito que reina é o de «assumir melhor o espírito » da Santa Teresa, tornando- se cada Irmã sua «imitadora». Os frutos da passagem pelo Convento de Santa Teresa das suas relíquias vai contribuir, não duvida a Madre, para «cada vez mais amar a nossa vida por Glória de Nosso Senhor e salvação da humanidade». Durante a oração de Vésperas, no Carmelo, com o relicário junto das grades atrás das quais toda a comunidade de clausura rezava, D. José Pedreira explicou que este tipo de vocação «não impede de estar com Jesus Cristo em todas as partes do mundo, ajudando a crescer para Deus». Apesar de poder ser difícil para alguns, mesmo cristãos, entenderem como é que alguém pode sentir a «vocação da clausura», o Bispo de Viana do Castelo sublinhou que não há «incompatibilidade » entre uma vida vivida dentro do mosteiro e a «missão de levar Cristo» aos que O não conhecem ou d’Ele se afastaram. Da clausura vive-se todo o mistério da Igreja, sem espaço nem tempo. Uma pequena multidão de fiéis testemunhou publicamente esta devoção a Santa Teresa do Menino Jesus, caminhando em oração atrás do relicário. Saindo do centro histórico da cidade, este cortejo, por entre cânticos e orações, atravessou espaços emblemáticos da cidade e foi despertando curiosidades e integrando outros que à margem do passeio estavam parados. Não deixou de ser curioso que à passagem das relíquias de Santa Teresinha, muitas pessoas tivessem vindo às janelas e sacadas e muitas tenham mesmo colocado as colchas habitualmente postas no dia da festa do Corpo de Deus. Do Carmelo de Santa Teresa, depois de um tempo privado de oração das Irmãs, as relíquias foram para o Convento do Carmo, onde se rezou durante grande parte da noite. É precisamente deste convento que, hoje à tarde, as relíquias partem para a Sé de Braga, com uma breve paragem na igreja matriz de Ponte de Lima. A chegada à Catedral de Braga está prevista para as 17h00. Meia hora depois, é celebrada a Eucaristia, presidida pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga. Até às 22h00 haverá turnos de oração organizados pelos movimentos de apostolado da paróquia da Sé e abertos à colaboração de todos os devotos de Santa Teresa do Menino Jesus, também conhecida como Santa Teresa de Lisieux.

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