Santa Sé reitera na ONU o seu “não” à clonagem

O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Arcebispo Celestino Migliore, reiterou a firme condenação da Igreja Católica em relação à clonagem reprodutiva humana e, ao mesmo tempo, incentivou a pesquisa no campo das células-mãe. O Arcebispo Migliore discursou no passado dia 29 de Setembro durante a sessão do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre a aprovação de uma Convenção internacional contra a clonagem reprodutiva de seres humanos. O representante da Santa Sé auspiciou a aprovação de um acordo internacional global contra a clonagem humana. “A clonagem de embriões humanos a fim de reproduzir células-mãe para aumentar o uso terapêutico não somente falhou em demonstrar todo tipo de previsão científica, mas também levantou sérias questões de carácter ético”, referiu. O prelado recordou que a pesquisa sobre a clonagem de células-mãe embrionárias “requer a produção de milhões de embriões humanos com a intenção de destruí-los”. Destruição, advertiu, que “se traduz numa deliberada supressão de uma vida humana inocente”, porque um embrião é “um indivíduo humano que evolui como um organismo autónomo rumo a seu pleno desenvolvimento”. O debate na sede das Nações Unidas em Nova Iorque prosseguirá até a sexta-feira, dia 3 de Outubro. No final dos trabalhos, a Comissão deverá apresentar uma resolução à Assembleia Geral, que será depois discutida no próximo dia 20.

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