Santa Sé preocupada com novos casos de turismo sexual

A Santa Sé manifestou a sua preocupação com as notícias que deram conta de uma rede organizada de turismo sexual e abuso de menores por parte de europeus no Brasil. O arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, condenou este tipo de indústria turística que “se aproveita das bolsas de pobreza que existem em todo continente”. As autoridades italianas desmantelaram esta terça-feira uma rede de turismo sexual que operava entre Itália e o Brasil através de várias agências de viajem que facultavam aos turistas italianos os serviços de jovens menores de idade em Fortaleza. “Há que gerar um compromisso para que o bem-estar de uns poucos privilegiados não dê lugar à discriminação da qualidade de muitos outro”, afirmou o prelado à Rádio Vaticano. “É necessário ocupar-se das vítimas com compaixão e amor, oferecer-lhes assistência jurídica, terapia e reinserção na sociedade e, se são cristãos, na comunidade de fiéis”, acrescentou. Na última sessão do Conselho executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), a Santa Sé tinha-se manifestadi contra a “exploração sexual das crianças” no turismo, considerando-a mesmo uma “praga social”. O arcebispo Piero Monni, Observador Permanente da Santa Sé na OMT referiu então que esta exploração é uma “verdadeira forma de violência” e condenou “o perverso comércio” ligado à pedofilia. As “cada vez mais frequentes férias do abuso” perpetradas pelos turistas sexuais e “publicitadas” na Internet foram particularmente criticadas pelo prelado. O último Congresso Mundial sobre a Pastoral do Turismo, que se realizou em Banguecoque, Tailândia, de 5 a 8 de Julho de 2004, ficou marcado pelas recomendações e apelos sobre o turismo sexual lançados pela Igreja Católica.

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