Santa Sé pede mais esforço contra tráfico de seres humanos

O Arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI) pediu, no Gana, um maior esforço da comunidade internacional contra o tráfico de seres humanos, exploração sexual e trabalho forçado. Citando os dados de diversas organizações internacionais, o Arcebispo italiano destacou que o fenómeno atinge de 12 a 27 milhões de pessoas, em especial mulheres e crianças, e que não é limitado a particulares áreas geográficas, mas tem uma incidência, diferente para cada região, em todo o mundo. Ao intervir no Seminário sobre “Escravidão e novas escravidões”, promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAM), em colaboração com o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), D. Marchetto defendeu que “a principal causa das novas escravidões é o enorme abismo económico entre os países ricos e pobres, e entre os ricos e pobres de um mesmo país”. O Bispo de Rabat (Marrocos), D. Vincent Landel, falou dos maus-tratos sofridos pelas mulheres marroquinas, levadas à prostituição em países do Golfo Pérsico ou enganadas com falsos contratos de trabalho. De acordo com o prelado, também há crianças na cidade de Tanger que se escondem em camiões ou em contentores tentando emigrar, para além dos muitos subsaarianos que morrem nas suas longas travessias por mares e desertos. “Todo homem o tem direito de viver e trabalhar onde queira, mas anteporia a esse direito o de poder viver dignamente no próprio país”, indicou, defendendo que a “como Igreja, devemos levar por diante a «pastoral do grito»”. (Com Rádio Vaticano)

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