Santa Sé defende na UNESCO importância da liberdade religiosa

O observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), D. Francesco Follo, destacou a importância da liberdade religiosa na sessão dedicada aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, realizada na sede da organização, em Paris. D. Follo recordou que o direito à liberdade religiosa “é expressão de uma dimensão constitutiva da pessoa humana, que não pode ser negada ou esquecida”. Por isso, “não deve ser reconhecida somente no que diz respeito à dimensão do culto ou do ritual em sentido estrito, mas também no que diz respeito à vida humana em geral, no campo da instrução e da informação”. “A liberdade de religião não exclui outras dimensões do ser humano, como o da cidadania, mas, ao contrário, é direccionada ao Absoluto, unifica o ser humano ao invés de fragmentá-lo e auspicia uma verdadeira fraternidade entre os homens”, disse. Segundo este responsável, quando “mais aumenta a população, mais a questão dos direitos humanos se amplia e se torna complexa, já que se trata de 193 países no mundo, com seis mil línguas e 7500 etnias. Neste contexto, o papel social, e não somente privado, da religião é sempre mais reconhecido”. “Os direitos humanos – disse o observador da Santa Sé – mostraram ser um modo eficaz para preservar a paz no mundo. Por isso, mesmo com uma realidade multiforme e diversificada, não devemos ceder à tentação de interpretações relativistas dos direitos humanos ou de uma fragmentária e irregular aplicação segundo a vontade de quem governa. Isso significaria satisfazer exigências específicas, ignorando as legítimas exigências da pessoa humana, à qual esses direitos foram reconhecidos”.

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