Abertura das celebrações do sétimo centenário da morte de Dante Alighieri
Cidade do Vaticano, 10 Out 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu, na manhã deste sábado, uma delegação de 50 pessoas da Arquidiocese de Ravenna-Cervia, norte da Itália, por ocasião do ano dedicado a Dante Alighieri.
Na inauguração das celebrações do sétimo centenário da morte de Dante Alighieri, o Papa argentino agradeceu à delegação a sua presença e referiu que Ravenna é a cidade do “último refúgio” do poeta (o primeiro foi Verona) porque ali passou os “últimos anos” e “compôs os cantos finais do Paraíso”, realça o site VaticanNews
“A mesma cruz, por ocasião deste sétimo centenário, volta a brilhar no lugar que conserva os restos mortais do Poeta e que este possa ser um convite à esperança, àquela esperança da qual Dante foi profeta”, disse
A morte de Dante em Ravenna ocorreu – como escreve Boccaccio – “no dia em que a Igreja celebrava a Exaltação da Santa Cruz”.
Em 1965, por ocasião do sétimo centenário do nascimento de Dante – recordou o Papa Francisco – São Paulo VI doou a Ravenna uma cruz de ouro para ser colocada sobre seu túmulo, que permaneceu, até então – como ele dizia – “privada de um sinal de religião e esperança”.
Estes sete séculos poderiam causar uma certa “distância intransponível entre nós, homens e mulheres da era pós-moderna e secularizada”, uma distância também do poeta, “que foi um expoente extraordinário numa época áurea da civilização europeia”, disse.
O Papa Francisco concluiu o seu discurso aos presentes na Sala Clementina, tomando como exemplo este evento dantesco, que ultrapassa os séculos e citou as palavras São Paulo VI: “Poderemos contar com a riqueza da experiência de Dante, para atravessar os tantos bosques obscuros da nossa terra e realizar, felizmente, a nossa peregrinação na história, a fim de chegarmos à meta sonhada e desejada por cada homem: ‘o amor, que move o sol e as outras estrelas”.
LFS