Porta-voz do Vaticano fala num «ato horrível». Bispos franceses promovem cerimónia de oração pelos quatro mortos
Cidade do Vaticano, 19 mar 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano condenou hoje como ato “horrível e cheio de ignomínia” o ataque armado contra uma escola judaica na cidade de Toulouse, sudoeste de França, que provocou quatro mortos, incluindo três crianças.
Numa mensagem de condolências, o padre Federico Lombardi afirma que a “violência absurda” que atingiu o local suscita “indignação e perplexidade, bem como a mais firme repulsa e condenação”.
O tiroteio decorreu esta manhã, quando uma pessoa abriu fogo sobre a escola ‘Ozar Hatorah’, matando um professor, de 30 anos, e os seus filhos, de 3 e 6 anos, para além de outra criança de 8 anos.
Para o padre Lombardi, o atentado de hoje é particularmente condenável “pela idade e a inocência das pequenas vítimas e porque foi perpetrado contra uma pacífica instituição educativa judaica”.
As autoridades francesas suspeitam que se trate do mesmo assassino que na última semana matou três militares franceses, em dois ataques na mesma região.
O porta-voz do Vaticano manifesta profunda “preocupação” por este novo ato de violência e a “solidariedade espiritual mais profunda” com as comunidades judaicas de França e os familiares das vítimas.
O bispo católico de Toulouse, D. Robert Le Gall, enviou uma mensagem de condolências aos que foram atingidos por “este horror”.
O prelado encontra-se na cidade norte-americana de Nova Iorque, numa delegação de bispos franceses, para encontros com representantes da comunidade judaica no país.
A Conferência Episcopal de França marcou para a tarde de hoje uma cerimónia de oração na Catedral de Notre-Dame, em Paris.
“Os católicos franceses manifestam a sua indignação diante desta violência cega que visa pessoas indefesas”, refere um comunicado publicado na página do organismo episcopal na internet.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou como “tragédia nacional” o ataque armado à escola de Toulouse e o Ministério do Interior francês já pediu o reforço da vigilância junto a outros estabelecimentos de ensino judaicos.
OC