Sacerdotes que casaram querem servir

A Nova Evangelização e os novos caminhos que se abrem à Igreja foram o ponto de partida para o X Encontro Nacional da Associação “Fraternitas” que decorreu em Fátima, de 24 a 27 de Abril. Sacerdotes que casaram querem servir A Nova Evangelização e os novos caminhos que se abrem à Igreja foram o ponto de partida para o X Encontro Nacional da Associação “Fraternitas” que decorreu em Fátima, de 24 a 27 de Abril. Este é um grupo que congrega sacerdotes que pediram a dispensa das ordens e se casaram, continuando apostados em servir a Igreja. Frei Bento Domingues foi convidado para orientar os trabalhos e não escondia a sua “alegria e espanto” por ver pessoas que enfrentaram muita incompreensão com tanta vontade para participar nas actividades pastorais da Igreja. Em declarações à ECCLESIA defende que “são pessoas que a Igreja não pode ignorar, nem tão pouco prescindir da mais-valia que representam.” Frei Bento diz que estes são homens que lideraram já algumas comunidades cristãs, que passaram pela experiência da vida familiar e são hoje “um contributo importante para a Pastoral, têm uma palavra nova a dizer.” A novidade é a de quem conhece bem o que é estar à frente de uma comunidade cristã, mas que sabe também agora o que é a vida em família, educar e ajudar os filhos a crescer. João Simão é o Presidente da Associação Fraternitas e não esconde a sua convicção de que “é possível ser padre, estar casado e poder servir a Igreja.” Reconhece que a Igreja tem normas a respeitar, não as contesta, mas quer ser um elemento activo na sua construção: é isso que pretendem todos aqueles que integram esta Associação. José Sampaio foi ordenado padre em Évora e depois optou por casar. Ele destaca também que “nós não reivindicamos nada, estamos na disponibilidade total nas mãos da Igreja. Aceitamos, mas não quer dizer que não nos sintamos magoados.” José Sampaio deixa um desabafo: “estamos sujeitos ainda hoje a depender da boa vontade dos párocos no serviço à Igreja. Queremos que a Igreja repense, porque não aceitamos que forme leigos à pressa e nos ponha a nós de lado.”

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