Pe. Martin Addai, sacerdote de 46 anos, da Congregação dos Missionários da África, também conhecidos como «Padres Brancos», foi assassinado no dia 10 de Março, em Nairobi, capital do Quénia. Desconhecidos armados bloquearam o carro onde viajava o Pe. Addai que foi alvejado e deixado à beira da estrada. O Pe. Addai, original do Gana, era reitor da casa de formação dos estudantes de Teologia dos «Padres Brancos» e também professor de Ética Médica, no “Tangaza College”, da Universidade Católica do Leste da África. Um comunicado do superior geral dos Missionários da África, Pe. Gerard Chabanon enviado à Agência Fides, relata que o Pe. Addai “deslocava-se para visitar alguns amigos quando, perto do seminário, foi interceptado por alguns bandidos”, acrescentando ainda que “morreu imediatamente. O seu corpo foi deixado na beira da estrada e os agressores fugiram com o carro, que foi encontrado na tarde de domingo”, acrescenta. Os «Padres Brancos» questionam no seu sitio da internet que “do carro não desapareceu nada: telemóvel, passaporte, dinheiro, documentos, estava tudo! Na porta, algumas marcas de sangue. Provavelmente o Pe. Martin apoiou-se antes de cair na estrada, já ferido. Deixaram-no e foram embora. Parece que alguém chamou a polícia, retirou o corpo, mas na área não se ouve nada de particular. As pessoas interrogadas pela polícia não viram nada, e eram duas da tarde de um Sábado…”, afirmam. Os seus irmãos de comunidade e os estudantes do seminário não se preocuparam pelo facto de que ele não voltar no Sábado, pois sabiam que tinha ido a uma festa da comunidade local. Só na tarde de Domingo começaram as primeiras interrogações. Originário de Kumasi, Gana, onde nasceu a 12 de Novembro de 1960, Martin Addai ingressou no noviciado de Kasama, na Zâmbia em 1984. Pronunciou os votos como Missionário da África em Totteridge, em Londres aos cinco anos. Foi ordenado sacerdote em 1990 e desenvolveu o seu trabalho em Moçambique, na diocese de Chimoio. Entre 1993 a 1996 prosseguiu os estudos em Roma, para licenciar-se em Teologia Moral, e posteriormente estudou espiritualidade durante um ano no Canadá. Ao voltar a Moçambique, foi professor no Seminário Maior de Maputo, antes de ser nomeado reitor do Filosofado de Ejisu, em Gana, até 2004. Nesse ano, foi eleito membro do Capítulo Geral e enviado a Nairobi como reitor do seminário de Teologia dos «Padres Brancos». Era também professor de Ética Médica no Tangaza College, parte da Universidade Católica do Leste da África. Os roubos com arma de fogo nas estradas são um facto cada vez mais preocupante no Quénia, denuncia a Agência Fides. Os bispos locais solicitaram ao governo várias vezes que actue no sentido de assegurar a protecção da população. Calcula-se que no país circulem pelo menos cem mil armas de fogo de posse ilegal.