Sabugal: Município tem o «maior presépio natural do país» centrado na natividade

«O presépio sempre foi muito vivido e as pessoas dão um significado muito importante ao presépio» – Vítor Proença

Foto: Câmara Municipal de Sabugal

Sabugal, 23 dez 2021 (Ecclesia) – A Câmara Municipal do Sabugal construiu o “maior presépio natural do país” no seu centro histórico, onde apresenta o nascimento de Jesus em Belém e outras cenas bíblicas, numa região onde “as pessoas dão significado muito importante ao presépio”.

“Recria a natividade, o presépio de Belém, o nascimento do menino, com a recriação de cenas bíblicas, a chegada dos Reis Magos e algumas cenas do quotidiano”, disse o presidente do Município do Sabugal em declarações à Agência ECCLESIA.

Vítor Proença destaca que este “é o maior presépio natural do país”, construído numa área de 1100 metros quadrados, “com um cenário fantástico”, o seu castelo de cinco quinas, e privilegiaram os produtos naturais da região, como “os trocos de castanheiros seculares, as eras, os musgos”.

“O espaço foi precisamente escolhido para preservar a história. O presépio sempre foi muito vivido e as pessoas dão um significado muito importante ao presépio, sobretudo no concelho”, desenvolveu.

Já o pároco do Sabugal (Diocese da Guarda), o padre Manuel Igreja Dinis, destaca que o presépio natural tem a “dupla tentativa” que a mensagem do Natal, “mensagem de amor, mensagem de paz, de Deus aos homens de boa vontade”, seja conhecida e seja vivida “depois uma maneira especial em cada família e em cada comunidade paroquial”.

O sacerdote, em declarações à Agência ECCLESIA, assinalou que a mensagem na quadra natalícia “é sempre” a projeção da mensagem de Cristo, “filho de Deus feito homem que veio transmitir a mensagem do pai”: “Deus nos amam, paz na terra aos homens amados por Deus”.

O presidente do município no Distrito da Guarda destaca também a proximidade com Espanha e explica que “o povo espanhol também dá muita importância à natividade”.

“Foi essa a intenção, criar um laço muito forte de afetividade, porque as pessoas vivem muito esta quadra: Significa família, estar em família, esta religiosidade à volta do presépio e nascimento do menino”, acrescentou.

Vítor Proença observa que “têm tido boa aceitação por parte das pessoas”, que mesmo em pandemia continuam a visitar “o presépio natural, que é uma referência” e que tem um “plano de contingência, avaliado praticamente diariamente”, onde cumprem as regras da DGS.

Para além do presépio natural, que pode ser visitado até 9 de janeiro de 2022, o Município do Sabugal também dinamiza um mercadinho, com “produtos locais, os produtos endógenos, o artesanato, a gastronomia”, e promove também um concurso de montras para “dinamizar a economia local”, num convite a visitar as cinco vilas medievais, “o património edificado, a vertente cultural, a vertente recreativa, natural”.

“[Natal/Presépio] para mim significa muito. É uma quadra que particularmente vivo com muita intensidade, é claramente de família, de laços, de afetividade, que neste momento, ao longo deste ano e meio, não se tem podido viver como nos outros anos” – Vítor Proença

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Sobre os efeitos da pandemia Covid-19 nas celebrações religiosas, o padre Manuel Igreja Dinis, revela que as pessoas têm medo de aparecer, “os velhinhos têm medo de contrair a doença”, enquanto aos jovens “é difícil cativá-los para os ideais religiosos”, para “a mensagem de Cristo, uma mensagem de amor para ser vivida hoje e ao longo de toda a existência”, e são mais os “ideais humanistas, do prazer a curto prazo”.

A igreja da Paróquia de São João Batista do Sabugal também já tem o seu presépio que pode ser visitado todos os dias e o sacerdote católico adianta que a Missa do Galo é às 22h00, a celebração do nascimento de Cristo, no dia 25, começa às 12h00.

“Muitas pessoas que vinham à Missa e comungavam deixaram de vir e não será fácil retomar os bons costumes e a obrigação e nos aproximarmos do nosso irmão. Essa amizade em família paroquial encontra-se sobretudo na celebração da eucaristia e nos sacramentos”, concluiu o padre Manuel Igreja Dinis.

CB

 

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