A criatividade inundou a Sala Paulo VI, em Fátima. A Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição e todos quantos comungam do carisma da Congregação estão reunidos no Multifestival que de dois em dois anos invade Fátima. Este ano são os «Rumores do Infinito» que ecoam pelo Santuário. A Irmã Amélia Costa, membro da Comissão organizadora do Multifestival, explica à Agência ECCLESIA que este “é um dia essencialmente de festa”. O Festival quer levar aos novos destinatários da missão, a amigos, pais e alunos de paróquias onde a Congregação trabalha, “uma referência da Madre Maria Clara do Menino Jesus”, fundadora da Congregação. Nas mais diversas áreas artísticas, o canto, a poesia, o conto, o filme ou documentário, a fotografia, a Banda Desenhada, a dança, as artes plásticas ou a multimédia, mostrar a criatividade de alunos e professores, “apresentando o rosto da fundadora como um rumor do infinito que Deus deixou na história, sobretudo, na portuguesa”, conta a religiosa. Depois de um dia criativo, a Eucaristia encerrou o encontro. A celebração foi presidida por um sacerdote que “há 12 anos iniciou a sua caminhada, enquanto jovem, participou no primeiro Multifestival e hoje veio, como sacerdote partilhar a sua experiência de vida”. Espelhando a diversidade, a Eucaristia teve um momento tipicamente indiano e outro africano, “símbolo da presença da Congregação nesses locais”. Este encontro congregou cerca de 24400 pessoas que se unem às Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição e “a um caminho de procura e encontro com o carisma da hospitalidade”, explica a Irmã Amélia Costa. Este é um carisma “não para ser guardado dentro da congregação, mas que existe para o mundo e para a Igreja”. Preparando a canonização A Congregação e todos os que comungam do ideal da fundadora preparam-se para o aproximar da festa de canonização da Madre Maria Clara do Menino Jesus, Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Em Outubro passado, o Cardeal José Saraiva Martins anunciou que o processo de canonização da fundadora, a par do processo do Beato Nuno. A Irmã Amélia Costa explica que estão já a preparar a celebração da canonização. “Não se trata tanto de uma festa, mas de um dom para a Igreja portuguesa e de todos os lugares onde a congregação se encontra”. “Porque prevemos para breve um desfecho queremos preparar em qualidade todos quantos partilham do carisma, para que olhem este acontecimento não como uma vitória mas como uma referência de uma vida que marcou a história do seu tempo e que ainda hoje dá respostas para o Século XXI”.