Roma: Papa evoca menores que sofrem pela guerra na primeira edição da Jornada Mundial das Crianças

Encontro realiza-se este sábado e domingo e conta com participantes de 101 nacionalidades, incluindo Portugal

Cidade do Vaticano, 25 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje, no Estádio Olímpico de Roma (Itália), todos os menores que sofrem pela guerra, na primeira edição da Jornada Mundial das Crianças, que decorre este sábado e domingo.

Francisco evocou o encontro desta manhã que teve com crianças que fugiram da guerra na Ucrânia, lembrando a dor que transpareciam.

“São realidades que trago no coração e também eu rezo por elas. Rezemos pelas crianças que não podem ir à escola, que sofrem a guerra, crianças que não têm o que comer, crianças que estão doentes e ninguém cuida delas”, pediu.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Santa Sé informa que milhares de participantes de 101 nacionalidades reuniram-se no Estádio Olímpico de Roma para a primeira edição da Jornada Mundial das Crianças, num encontro de música, desporto, reflexão espiritualidade.

“Em vós, crianças, tudo fala de vida e futuro. E a Igreja, que é mãe, acolhe-vos e acompanha-vos com ternura e esperança. No dia 7 de novembro passado, tive a alegria de acolher no Vaticano vários milhares de crianças de diversas partes do mundo. Naquele dia, trouxestes uma onda de alegria, e destes-me a conhecer as perguntas que vos pondes sobre o futuro”, começou por dizer o Papa, perante cerca de 50 mil crianças de todo o mundo.

Segundo Francisco, aquele encontro ficou no seu coração e por isso rezou e compreendeu que aquele diálogo “devia continuar e alargar-se a muitas outras crianças e adolescentes”.

“E é por isso que estamos aqui hoje: para continuar a dialogar, a interrogar-nos e, juntos, procurar as respostas”, indicou.

Depois da intervenção inicial, o Papa respondeu a questões de várias crianças, começando por um menino da Colômbia, que questionou Francisco sobre se a “paz é sempre possível?”.

“O que é que vocês pensam? A paz é sempre possível ou não?”, questionou Francisco.

Depois da resposta “sim” ecoar no estádio, Francisco perguntou a uma das crianças o que faria se tivesse um problema com outro menino.

“Perdoar e pedir desculpa”, respondeu.

“O que podemos fazer nós crianças para tornar o mundo melhor?”, perguntou uma menina de 9 anos, do Burundi.

“O que eu posso fazer para que o mundo seja melhor? Brigar? Falar amavelmente? Brincar juntos? Ajudar os outros?”, questionou Francisco, que sublinhou que fazendo todas estas ações “o mundo será melhor”.

Confrontado com a questão “Como podemos fazer para amar todos, todos, todos?”, o Papa assumiu que esta era um pergunta difícil.

“Não é fácil, nós devemos começar pouco a pouco, amar aqueles mais próximos, amar aqueles que estão próximos a nós, e assim ir avante”, referiu.

A Jornada Mundial das Crianças conclui-se na Praça de São Pedro, com a Missa dominical presidida pelo Papa Francisco e um monólogo do ator e realizador italiano Roberto Benigni, após a recitação do ‘Regina Coeli’.

O Papa Francisco confiou ao Dicastério para a Cultura e a Educação, que é presidido pelo cardeal José Tolentino Mendonça, a sua organização, a partir do tema “Eis que faço novas todas as coisas”.

LJ

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