Roma: D. José Tolentino Mendonça toma posse de igreja atribuída pelo Papa, em dia de aniversário

Gesto sublinha ligação do Colégio Cardinalício ao bispo de Roma

Roma, 15 dez 2019 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Tolentino Mendonça toma hoje posse da igreja dos santos Domingo e Sisto, em Roma, diaconia que lhe foi atribuída pelo Papa no consistório de 4 de outubro deste ano.

Este ato continua a tradição de se conceder uma igreja de Roma a todos os cardeais criados para auxiliarem o Papa no governo da Igreja.

No consistório, além do barrete e do anel cardinalícios, o Papa atribui a cada cardeal uma igreja de Roma – que simboliza a “participação na solicitude pastoral” do pontífice na cidade.

Cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.

D. José Tolentino Mendonça foi criado cardeal-diácono, recebendo a igreja de São Domingos e Sisto, título cardinalício diaconal instituído pelo Papa João Paulo II em 2003.

O cardeal madeirense completa hoje 54 anos de idade.

O arquivista e bibliotecário da Santa Sé é o sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no atual pontificado.

D. José Tolentino Mendonça nasceu em Machico (Arquipélago da Madeira) em 1965, tendo sido ordenado padre em 1990 e bispo a 28 de julho de 2018; foi reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica em Portugal.

A 26 de junho de 2018, o Papa nomeou D. José Tolentino Mendonça como arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica, elevando-o à dignidade de arcebispo; o até então vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa orientou nesse ano o retiro de Quaresma do Papa Francisco e seus mais diretos colaboradores.

Portugal teve até hoje com 46 cardeais, a começar pelo chamado Mestre Gil, escolhido pelo Papa Urbano IV (1195- 1264).

OC

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Agência ECCLESIA

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