Francisco encerra ciclo de catequeses sobre os sacramentos com reflexão dedicada ao matrimónio
Cidade do Vaticano, 02 abr 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje à oração pelas famílias em dificuldade, no dia em que encerrou o ciclo de catequeses sobre os sacramentos com uma reflexão dedicada ao matrimónio, no Vaticano.
“Rezemos por todas as famílias, especialmente por aquelas que passam por dificuldades, na certeza de que estas são um dom de Deus nas nossas comunidades cristãs”, declarou, na saudação aos peregrinos de língua portuguesa reunidos na Praça de São Pedro para a audiência pública semanal.
Francisco falou do casamento, “aliança entre o homem e a mulher”, como “reflexo” de Deus e do seu amor.
“Quando um homem e uma mulher celebram o Sacramento do Matrimónio, Deus espelha-se neles, por assim dizer: imprime neles as próprias orientações e o caráter indelével do seu amor”, precisou.
Segundo o Papa, o matrimónio responde a uma “vocação específica” e deve ser considerado como uma “consagração”, que leva à missão de “tornar visível, a partir das coisas simples, comuns, o amor com que Cristo ama a sua Igreja”.
“A verdadeira ligação é sempre com o Senhor: quando a família reza, a ligação mantém-se”, acrescentou.
O Papa repetiu esta ideia na sua conta da rede social Twitter: “Queridos pais, ensinai os vossos filhos a rezar. Rezai com eles”.
A audiência voltou a contar com uma alusão de Francisco às “palavras mágicas” para superar as “dificuldades” da vida matrimonial: ‘Com licença, obrigado, desculpa’.
“Para fazer as pazes não é preciso chamar as Nações Unidas”, gracejou,
No final do encontro, o Papa saudou um grupo de jovens proveniente de Áquila, cidade italiana da região dos Abruzos afetada por um terramoto há cinco anos.
“Uno-me à oração pelas numerosas vítimas e confio à proteção de Nossa Senhora de Roio os que ainda vivem em dificuldades. Encorajo todos a manter viva a esperança: que a reconstrução das casas seja acompanhada pela das igrejas, que são casa de oração para todos, e do património artístico, ao qual está ligada a revitalização do território”, apelou.
O Papa encontrou-se ainda com um grupo de 12 jovens noviços da comunidade ecuménica de Taizé, sediada em França.
“A peregrinação a Roma, às fontes de fé, é um dos pontos fortes do seu itinerário espiritual antes da profissão perpétua. De facto, descobrir como viver em comunhão com o Papa faz parte da formação dos jovens irmãos da comunidade”, disse ao jornal do Vaticano o prior da comunidade, irmão Alois.
OC