Requiem de Fauré acompanhou celebração pelos defuntos, em Santarém

No dia dedicado à oração dos fiéis defuntos, ouviu-se na Sé de Santarém o Requiem de Gabriel Fauré executado pelo coro “Ricercare” e pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa. A obra foi integrada na celebração da eucaristia de 2 de Novembro. Na sua homilia, D. Manuel Pelino referiu-se a esta peça musical, indicando que “o Requiem de Fauré é uma oração de esperança por aqueles que partiram”. “É a expressão da fé na bondade e no perdão de Deus, nosso Redentor, autor e Senhor da vida, que prometeu aos que nele acreditam a participação no Seu Reino de luz e de paz. O Requiem é também uma meditação no sentido da vida e da morte. Coloca-nos perante o fim, perante o enigma temível da morte que temos a tentação de esquecer e afastar, como se de um hóspede indesejado se tratasse”, prosseguiu. Para o Bispo de Santarém, a mensagem desta celebração “não está centrada na morte mas sim na vida que está para além da morte”. ” A celebração do mistério da Eucaristia convida-nos a descobrir a dimensão transcendente da vida e da morte, à luz do mistério pascal de Cristo. A morte humana não é apenas o ponto final de uma existência terrena que regressa ao pó de onde viera. A morte é a entrada no “Requiem aeternam”, no descanso definitivo da paz de Deus, no repouso feliz da terra prometida”, disse o prelado. “Escutamos a obra de Fauré no decurso da celebração da Eucaristia que actualiza o mistério admirável da fé cristã. É o contexto mais adequado para entender o Requiem. Na verdade, foi para esse contexto que este e outros Requiem foram criados e nele encontram o significado profundo”, explicou ainda.

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