Lisboa, 24 mar 2020 (Ecclesia) – A República Democrática do Congo (RDC) está a braços com uma nova crise sanitária, depois do Ébola, com o registo de vários contágios do novo coronavírus.
Em nota oficial, a Conferência Episcopal do país africano convida os cidadãos a respeitarem as medidas tomadas pelo Governo, que já fechou escolas e várias atividades
“A pandemia de Coronavírus é perigosa como a epidemia de Ébola”, indicam os bispos católicos, sublinhando que “uma resposta eficaz só será possível se forem adotadas as medidas de restrição indicadas pelas autoridades”.
O Padre Gaetán Kabasha, ordenado sacerdote na República Centro-Africana e atualmente a viver em Madrid, pede através da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) que a comunidade internacional “não abandone África”.
“Quando chegar a situação complicada a estes países, estejam dispostos a estender a mão para ajudar”, aponta.
O sacerdote, capelão no Hospital San Carlos, está a lidar diariamente com pacientes infetados com o coronavírus e reconhece que o combate ao Covid19 “é muito complicado, há muitos doentes e muito stress”.
“Enquanto africano, também estou muito preocupado com os nossos países, porque se a pandemia não se consegue controlar nos países com muitos meios económicos e sanitários, não sei como se poderá controlar se chegar a África”, alerta.
OC