Projecto instala várias valências diocesanas mas não altera a estrutura e estética do edifício. Pensado, nos anos 60, para 250 alunos, o Seminário de Leiria irá sofrer obras de remodelação nos próximos tempos . As mudanças sociais e culturais da Europa atingem os seminários, nas últimas décadas começa a registar-se um declínio vocacional. Em declarações à Agência ECCLESIA, o reitor do seminário desta diocese, Pe. Armindo Janeiro, realça que estas mudanças trazem colocam novos espaços e, em simultâneo, a “dinâmica da diocese vai crescendo”. Para adaptar o edifício aos novos tempos, realizar-se-ão obras internas que “em nada alterarão a estrutura e a estética do edifício. Elas vão melhorar as suas condições de habitabilidade e adaptar os espaços a novas funções” – frisou o reitor. Com o crescimento dos serviços diocesanos e dos movimentos é necessário espaço. “Além da comunidade do Seminário, que dá nome ao edifício, ali funcionarão todos os dinamismos diocesanos. Esta é uma antiga aspiração… Por isso, podemos dizer que é um projecto da Diocese e para a Diocese, no seu serviço às comunidades cristãs e aos dinamismos sócio-culturais da Região” – salientou o Pe. Armindo Janeiro. No último conselho presbiteral da diocese de Leiria-Fátima esta questão foi aflorada. “De uma forma sustentada, além de melhorar os espaços comuns, a remodelação procura instalar adequadamente quatro valências: a Comunidade do Seminário; a Casa de Retiros/Formação; a Residência Sacerdotal e o Centro Pastoral, com espaços para a Vigararia Geral, o Economato Diocesano; a Câmara e o Tribunal eclesiástico, uma dúzia e meia de Comissões e Secretariados diocesanos, e duas dúzias e meia de Movimentos e Associações” – esclareceu o reitor do seminário. Data para o começo das obras ainda não existe porque “estamos a estudar as mais valias a introduzir no edifício: só depois desta definição e o estudo do seu impacto nos projectos de especialidade é que se poderá estabelecer uma data”. Depois de reflectir sobre a complexidade e implicações financeiras da obra, o Conselho, reconhecendo a sua necessidade para a vida do Seminário e da Diocese, aprovou por unanimidade o projecto e “recomendou rigor e envolvimento de todos os dinamismos diocesanos no processo” – lê-se no último comunicado do Conselho Presbiteral. Como a cidade de Leiria é fria no Inverno e quente no Verão “temos de encontrar formas de estabilizar termicamente o edifício”. E avança: “estamos a estudar as energias alternativas”. Actualmente, o Seminário tem 14 seminaristas mas existe um trabalho na área do Pré-Seminário. “O fruto deste trabalho vocacional leva tempo” mas “apostamos no progressivo e contínuo” – conclui. Depois desta questão, o Bispo diocesano auscultou o Conselho sobre o andamento do presente ano pastoral e perspectivas para o próximo. Os conselheiros afirmaram a necessidade de consolidar a etapa percorrida, centrada no acolhimento da vocação pessoal como dom e missão. Para o efeito, e para melhorar “os caminhos da acção pastoral nos próximos anos, foi decidido promover a avaliação dos dois primeiros anos do Projecto Pastoral em todos os níveis da vida da Diocese: paroquial, vicarial, diocesano sectorial e geral” – realça o comunicado. O próximo conselho será no dia 12 de Junho, no Seminário de Leiria.