Relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque visitaram o Porto

A Diocese do Porto foi a primeira do país a receber a visita das relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque, numa peregrinação que vai percorrer todo o país. A ocasião próxima desta «missão» tão especial foi a comemoração do cinquentenário da inauguração do monumento a Cristo Rei, em Almada. Para preparar esse acontecimento, que tem relevância nacional, o Reitor escreveu às monjas do mosteiro da Visitação em Paray-Le-Monial, solicitando a visita das relíquias de Santa Margarida, a mulher que nesse mosteiro professou e foi agraciada com as confidências místicas do Sagrado Coração de Jesus, promovendo a instituição da Sua festa. De Paray-Le-Monial partiu a proposta de um alargamento dessa visita a todo o Portugal, de modo a fomentar um novo ardor deste culto e a enquadrar uma eventual renovação da consagração do País ao Coração de Jesus. Duas pessoas têm promovido esta «missão» que já conquistou quase todos os países da América Latina e que agora quer percorrer a Europa: Padre Edouard Marot, Reitor do Santuário de Paray-Le-Monial e Madame Alícia Beauvisage. Ambos estiveram entre nós a acompanhar as primeiras etapas desta peregrinação. Na Diocese do Porto, a coordenação desta visita foi confiada ao Apostolado da Oração e, de acordo com o senhor Bispo, optou-se por contemplar com ela as duas igrejas que estão dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus: Carvalhido, no Porto e Igreja da Congregação das Irmãs do Bom Pastor, em Ermesinde. Outros motivos recomendavam esta escolha: a primeira pedra da Igreja paroquial do Carvalhido veio, precisamente, do Mosteiro da Visitação de Paray-Le-Monial; e na Igreja de Ermesinde repousam os restos mortais da Beata Irmã Maria do Divino Coração, da Congregação do Bom Pastor, a mulher que no final do século XIX convenceu o Papa Leão XIII a consagrar o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Estes dados – que não eram do conhecimento dos promotores franceses nem dos organizadores nacionais – fazem com que a primazia da Diocese do Porto – alguma Diocese teria de ser a primeira a receber esta missão – seja mais do que o resultado fortuito de uma conjugação de circunstâncias aleatórias… Somos dos que pensam que crer na Providência é mais razoável e sensato do que acreditar no acaso. O programa estabelecido foi cumprido. A primeira estação, em 7 de Maio, teve um pequeno prelúdio, no Calvário do Carvalhido onde as relíquias chegaram, acompanhadas pelo Cón. João Peixoto e por 2 Arautos do Evangelho pouco antes das 13h. Depois, a partir das 15h, na Igreja Paroquial do Carvalhido a assiduidade dos orantes, de perto e de longe, foi contínua, mesmo durante a noite em que se organizou um Lausperene contínuo até à manhã de Sexta-Feira. Alguns núcleos do Apostolado da Oração da nossa Diocese fizeram-se presentes. A segunda estação, como acima se referiu, foi a Igreja do Coração de Jesus das Irmãs do Bom Pastor, em Ermesinde. As relíquias foram acolhidas pelas 9h15 do dia 8 de Maio, Sexta-Feira, por um tapete de flores e por crianças que as homenagearam com pétalas de rosas. Seguiu-se a exposição do Santíssimo Sacramento e a Oração de Laudes (Ofício votivo do Sagrado Coração de Jesus). Depois, ao longo do dia sucederam-se visitantes provenientes de toda a Diocese, sobretudo dos núcleos do Apostolado da Oração junto dos quais se fez mais divulgação. Pudemos registar: Nespereira, Paredes, Recarei, Vila Boa de Quires, Vila Meã (com o Pároco), Santa Cristina do Couto, Fânzeres, S. Mamede de Infesta, Baguim do Monte, Corim, Valongo (com o Pároco), Paranhos (com o Pároco), Avintes, Arrifana, S. João da Madeira, Cucujães, os dois núcleos de Ermesinde… Outros núcleos terão passado sem que tenha havido ocasião de fazer registo, bem como numerosas pessoas de outras Paróquias, a título individual. O Seminário do Bom Pastor compareceu em peso! A visita após a Eucaristia de encerramento, pelas 21 h, presidida pelo Promotor Diocesano do Apostolado da Oração, Cón. João Peixoto, e concelebrada por todos os sacerdotes da Equipa formativa do Seminário do bom Pastor. Da Diocese do Porto, as relíquias partiram para a de Setúbal, onde prosseguirão a sua itinerância segundo o calendário estabelecido.

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