Religiões são força de paz, defende o Papa

Bento XVI defendeu que as religiões são uma força “de paz e de reconciliação”, fundamentais para combater a violência num mundo marcado pelo derramamento de sangue. Na audiência que decorre, neste momento, com Ali Bardakoglu, presidente para os assuntos religiosos da Turquia, o Papa repetiu a ideia de que as reacções ao seu discurso de Regenburg (Alemanha) foram fruto de um “mal-entendido” . Os microfones das estações televisivas conseguem captar a conversa, que decorre na “Diyanet” (sede do departamento de Assuntos Religiosos). O Papa falou de um encontro “simbólico” e sublinhou que “a religião não se impõe com a violência, mas com a força da razão”. Sublinhando a fé comum das religiões abraâmicas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) num Deus único, Bento XVI apontou para a necessidade de “intensificar o diálogo” e trabalhar em conjunto na defesa da dignidade humana. O Papa disse ainda que a declaração “Nostra Aetate”, do II Concílio do Vaticano sobre as religiões não-cristãs, virou “uma nova página na história da nossa fé”. O Grão-mufti Ali Bardakoglu, maior autoridade islâmica do país, afirmou que também pretende “a compreensão entre as culturas e as religiões”. “Damos grande importância a este diálogo inter-religioso, entre culturas e entre civilizações”, acrescentou. A Dyanet é a instância que controla os assuntos religiosos. Este é um organismo estatal previsto no art.º 136 da Constituição e que administra materialmente o culto islâmico: ao todo, 75.000 mesquitas onde trabalham 100.000 funcionários estatais; tem a seu cargo a transmissão dos valores religiosos, o respeito dos fiéis relativamente às outras religiões e a difusão do Islão tolerante.

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