Religiões abrâamicas discutem Jejum

A propósito do Ramadão a comunidade Islâmica de Lisboa (Sunita) organiza uma conferência sobre a importância do jejum para as três principais religiões monoteístas, neste Domingo, dia 14. A conferência terá lugar contará com um orador por cada religião. Os anfitriões serão representados por Moulana Jabir. O Rabino Eliser Shai falará do jejum de uma perspectiva judaica, e o Frei Isidro Lamelas apresenta a sua importância no seio do cristianismo. Durante a conferência os presentes terão a oportunidade de aprender mais sobre as perspectivas e visões de cada tradição religiosa. Os muçulmanos jejuam durante todo o mês do Ramadão. Sendo baseado no calendário islâmico, que é lunar, o mês de jejum calha a alturas diferentes do ano civil usado no Ocidente. De 1 a 30 de Setembro, os muçulmanos saudáveis abdicarão de comer durante o dia. Tradicionalmente acordam antes do nascer do sol para tomar uma refeição, e apenas quebram o jejum ao fim do dia, quando começa a escurecer. Já os judeus jejuam durante alguns dias do ano, em particular o Yom Kipur e o Tisha B’Av, o dia em que se recorda a destruição do templo de Jerusalém pelos romanos. No cristianismo, o jejum é frequentemente associado aos 40 dias da Quaresma, recordando o mesmo número de dias que Jesus passou no deserto em que, segundo o Evangelho, não terá comido nem bebido, dedicando-se inteiramente à oração. Durante essa época o jejum completo apenas é recomendado na Quarta-feira de cinzas e Sexta-feira Santa, na Igreja Católica, e é normalmente interpretado como reduzir a alimentação a apenas uma refeição completa, sendo que esta deverá ser simples. Outras tradições cristãs têm regras mais rígidas. No mundo ortodoxo é frequente não se comer qualquer derivado de animal durante toda a Quaresma. A conferência de Domingo faz parte de um ciclo de conferências que assinalam o Ramadão e é aberta ao público em geral. Terá lugar na Mesquita Central de Lisboa, com começo previsto para as 18h00.

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