Paróquias de São Pedro e Santa Ana quiseram responder ao apelo do Papa Francisco, rumo a uma maior solidariedade
Cidade do Vaticano, 10 set 2015 (Ecclesia) – O Vaticano entrou em contacto com as autoridades religiosas e humanitárias de Lampedusa, na Itália, no sentido de acolher famílias de refugiados que estejam em situação mais carenciada.
Segundo o serviço informativo da Santa Sé, a indicação foi dada pelo arcipreste da Basílica de São Pedro, o cardeal Angelo Comastri, que salientou a vontade do Papa Francisco em que estas pessoas fiquem “alojadas em apartamentos bem perto do Vaticano, como se estivessem sob a sua paternidade”.
O prelado confirmou que a sua paróquia irá alojar brevemente “uma família com pelo menos cinco pessoas”.
Estes refugiados “terão assistência médica e sanitária gratuita, a mesma que é oferecida aos funcionários da Santa Sé”.
O Papa argentino já havia reforçado a disponibilidade do Vaticano receber “de braços abertos” quem passa neste momento por mais dificuldades e quem olha para a Europa com a esperança de uma vida nova.
“Francisco sofre intimamente ao ver estas pessoas desenraizadas de seus países, origens e afetos, sente necessidade de fazer alguma coisa e nós queremos responder”, frisa D. Angelo Comastri.
Para além da Paróquia de São Pedro, também a Paróquia de Santa Ana vai assumir o acolhimento a uma família de refugiados em situação de emergência.
O objetivo é que, depois da ajuda inicial, aquelas pessoas tenham “a possibilidade de se integrarem no tecido social italiano” e que tenham “um futuro em Roma”, sendo que “já existem ofertas de trabalho para as famílias”.
“O coração do povo é grande. Diante de dramas como este, a generosidade é infinita”, realça o cardeal Angelo Comastri.
A iniciativa está a ser conduzida pelo responsável pela Esmolaria da Santa Sé, D. Konrad Krajewski, em ligação com o cardeal Francesco Montenegro, da Arquidiocese de Agrigento, na Sicilia, e com a Cáritas de Lampedusa.
JCP