Reformulação do programa de EMRC em desenvolvimento

O lançamento dos novos programas de Educação Moral e Religiosa Católica, que se encontram em fase de redacção e a consequente formação necessária dos professores a partir foi o assunto que levou os Secretariados Diocesanos do Ensino Religioso Escolar a reunirem em Fátima. Para além da revisão dos programas foi também abordado o “diálogo com o Ministério de Educação para a clarificação da legislação”, explica à Agência ECCLESIA Jorge Paulo Pereira, do Departamento Pastoral Escolar. Os anteriores programas “adequados à época, têm nesta altura cerca de 15 anos”, pedindo por isso uma adaptação e uma revisão. Os manuais estavam também desactualizados e o Secretariado Nacional, sob orientação da Comissão Episcopal decidiu em vez de fazer apenas uma adaptação dos materiais e dos recursos, “seria bom fazer uma reformulação dos programas”, afirma Jorge Paulo Pereira. Esta reformulação implica a revisão dos programas, introduzindo novas problemáticas e questões que surgiram. Houve também uma reorganização do ensino básico, “alteração do ensino que passou de objectivos para competências”, sublinha Jorge Paulo Pereira, o que implicou algumas adaptações das disciplinas. O documento base para as alterações foi apresentado aos Secretariados Diocesanos que vão agora manifestar-se introduzindo ainda algumas alterações. O plenário da Conferência Episcopal Portuguesa “vai depois avaliar o texto e pronunciar-se”. Este será um instrumento essencial para o trabalho dos professores de EMRC. A adaptação aos novos tempos e metodologias “é essencial” e o programa vai de encontro a essas respostas. “Nesse sentido será um ponto de apoio importante para os professores”. Por outro lado, vem proporcionar uma melhor relação com as outras disciplinas “uma vez que o programa contempla uma melhor ligação interdisciplinar”. A presença da disciplina de EMRC na escola “tem-se traduzido sempre dentro de alguma confusão, uma vez que nos encontramos numa sociedade secularizada”. Esta reformulação, tendo em conta as orientações básicas do Ministério da Educação, “vem tornar evidente a permanência desta disciplina no sistema”, sublinha, garantindo a permanência com maior credibilidade. Mas o programa não é suficiente para chamar a atenção dos alunos e dos pais “para a importância de participação na disciplina”. Terá que haver um conjunto de medidas para incentivar a participação dos alunos. Todos os anos surgem “várias alterações que introduzem uma perturbação nas escolas”, afirma. As novas formas de organização escolar que todos os anos se registam “causam instabilidade e impedem um foco nos objectivos escolares, em detrimento da organização inconstante”, finaliza.

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