Redentoristas reflectem missão com 75 anos

Celebrar, reflectir e recriar o carisma dos Missionários Redentoristas, é o que pretendem este fim de semana, os cerca 120 participantes no Colóquio sobre «75 anos… a anunciar a abundante Redenção». “Somos chamados à vocação da Igreja, mas não estamos sozinhos”, aponta o Superior Provincial, Pe. António Gomes Dias, à Agência ECCLESIA. Os caminhos de evangelização foram opção de missão. As paróquias, as missões populares, os meios de comunicação social, a missão em Angola, o acompanhamento espiritual de pessoas e dos imigrantes no estrangeiro, a pastoral juvenil, a promoção social “são caminhos que reflectimos e que, possivelmente precisam de ser repensados, pois a evangelização depende das circunstâncias do tempo, do lugar, da cultura e também das pessoas”. Não se pode evangelizar hoje, como se fez ontem “porque os meios de hoje têm de responder ao homem concreto que está num mundo diferente e também numa Igreja diferente”, aponta o superior provincial, reconhecendo que “actualmente o protagonista da evangelização é a Igreja, logo, o leigo”. O Bispo auxiliar de Braga interpelou, na manhã de hoje, os Redentoristas para a missão. D. António Couto, presente no Colóquio, afirmou que o mundo precisa ser curado da violência e do desencontro. “Os missionários devem anunciar boas notícias no mundo que roda num circuito fechado e não se abre à transcendência”. Também o Bispo D. Manuel Clemente estará junto dos redentoristas e amanhã o Superior Geral Emérito, Juan Manuel de La Vega vai lançar aos missionários. Atento aos bispos e à realidade europeia, tanto como à portuguesa, o Pe. António Dias afirma que sente há muito as interpelações recentes lançadas pelo episcopado português. “Interpelações que todos temos responsabilidades para que a fé dos baptizados seja esclarecida”, e nesse contexto, toma como suas as palavras do Cardeal Tarcisio Bertone, “os cristãos não podem adormecer”. O Superior Provincial afirma que “a missão confiada não é nossa, nem minha. É de toda a Igreja”, acrescentando que “este trabalho exige muita lucidez”, pois a descrença e secularização “representam um mundo complexo”. A evangelização, por seu lado, “pede uma clarividência, capaz de ler e reler os sinais dos tempos à luz da fé e requer uma doação”.

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