Lisboa, 27 set 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, considerou, hoje, em Lisboa, que Portugal “está quase nas mãos dos credores” e que esta situação condiciona a disponibilidade para reconstruir o país.
Em declarações aos jornalistas, à margem da conferência promovida pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), D. Manuel Clemente reconheceu que os tempos atuais “são difíceis”, no entanto a igreja continua atenta e “muitos cristãos professam a sua fé no meio profissional”.
Ao referir-se ao chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a algumas normas do Código do Trabalho, o patriarca de Lisboa sublinhou que a legislação feita “tinha relativa consensualidade de várias forças políticas”, todavia “faz parte da democracia o Tribunal Constitucional pronunciar-se”.
Este chumbo do TC abre espaço para mais austeridade, mas as pessoas “conseguem aguentar quando são motivadas”, disse.
As pessoas são “capazes de sacrifícios” quando percebem a lógica dos mesmos, garantiu D. Manuel Clemente, mas acrescenta: “Isto requer muita pedagogia e muito esclarecimento”.
A dois dias das eleições autárquicas, o Patriarca de Lisboa pede aos portugueses para participarem porque “a vida política é fundamental em qualquer sociedade e é onde se ativa a responsabilidade e se decide o futuro da comunidade”.
Em relação às promessas eleitorais, D. Manuel Clemente disse que “de mundos e fundos e de promessas já todos sabemos o suficiente para depois decidir em consciência”.
LFS