Reconstrução de igrejas no Faial em risco

As paróquias da ilha do Faial, nos Açores, estão a sentir “dificuldades” para suportar os encargos com as obras de reconstrução das igrejas danificadas pelo sismo de Julho de 1998, anunciou ontem o ouvidor da Horta. Segundo o Padre Marco Luciano, algumas igrejas da ilha açoriana já tinham problemas para conseguir suportar a percentagem de 25 por cento definida entre o Governo Regional e a Diocese de Angra e Ilhas dos Açores para o pagamento dos trabalhos. A situação agravou-se, recentemente, quando algumas empresas decidiram aplicar juros de mora pelo atraso no pagamento de trabalhos a mais e da revisão de preços entretanto efectuada. O Pe. Marco Luciano reconheceu que a situação é mais “complicada” nas paróquias da Feteira e Praia do Almoxarife, que estão confrontadas com “facturas muito elevadas e que não têm capacidade financeira para as suportar”. O ouvidor (arcipreste) da Horta entende, por isso, que o Governo Regional, que financia em 75 por cento a recuperação dos templos danificados pelo sismo de há 10 anos, devia também ajudar a suportar os juros de mora, caso contrário as paróquias “ficam descapitalizadas”. Enquanto esta situação não estiver resolvida, o Pe. Marco Luciano entende que dificilmente poderão avançar as obras de construção das últimas quatro igrejas destruídas pelo terramoto de 09 de Julho de 1998. É o caso das freguesias de Pedro Miguel, Ribeirinha, Salão e Flamengos, cujas igrejas ficaram totalmente irrecuperáveis, na sequência do abalo sísmico, que danificou cerca de 30 igrejas, capelas e ermidas na ilha. O responsável pelas paróquias do Faial lembrou que, até ao momento, “o Governo não tem faltado ao seu compromisso” em termos de financiamento dos trabalhos, mas duvida que as verbas previstas para a fase final da reconstrução das igrejas seja suficiente para financiar todas as obras. Redacção/Lusa

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