R.D.Congo: Papa Francisco alerta para «sangrentos» confrontos armados

Violência atingiu igrejas, hospitais e escolas

Carpi, Itália, 02 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco alertou hoje para os “sangrentos” confrontos que continuam a atingir a República Democrática do Congo, em particular a região do Kasai, destruindo igrejas, hospitais e escolas.

“Continuam a chegar notícias de sangrentos confrontos armados na região do Kasai, da República Democrática do Congo, confrontos que provocaram vítimas e deslocamentos e que atingem também pessoas e propriedades da Igreja”, denunciou, antes da recitação da oração do ângelus, na Diocese italiana de Carpi, onde se encontra em viagem.

Francisco precisou que entre essas propriedades atingidas estavam “igrejas, hospitais, escolas”.

“Asseguro a minha proximidade a esta nação e exorto todos a rezar pela paz, para que os corações dos artífices destes crimes não fiquem escravos do ódio e da violência. O ódio e a violência destroem sempre”, declarou.

Militantes do grupo ‘Kamuina Nsapu’ intensificaram ações violentas no sul da República Democrática do Congo depois de as tropas do Governo terem abatido o seu líder, que não reconhecia as autoridades de Kinshasa nos territórios que controlava.

A milícia é suspeita de estar por trás do sequestro e assassinato dos dois funcionários das Nações Unidas e da morte de 39 polícias na última semana.

Apesar do acordo sobre um período de transição política que levaria à realização de eleições até dezembro de 2017, várias organizações internacionais têm deixado críticas ao presidente Joseph Kabila, acusado de querer manter-se no poder, ignorando as limitações constitucionais aos mandatos do chefe de Estado.

Na capital do país houve manifestações, esta terça-feira, após o fracasso das negociações entre o Governo e a oposição, sob a mediação da Igreja Católica, que se retirou da mesa de diálogo por considerar que existe falta de vontade responsáveis políticos para resolver a questão e evitar uma guerra civil

A oposição convocou um protesto para 10 de abril, para contestar a falta implementação do acordo para um executivo de transição.

OC

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