Bispo de Santarém enaltece gestos de cuidado com «pessoas doentes e fragilizadas» devido à «pandemia que se instalou em todo o mundo»
Santarém, 09 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo de Santarém disse hoje que os sacramentos da fé devem ser traduzidos na vida e que celebrar a Páscoa, nestas circunstâncias, reforça o sentido de “amor e serviço”.
“Pensamos no que está a acontecer com muitas pessoas a trabalhar nos cuidados de saúde, entregues à causa de salvar pessoas doentes e fragilizadas com a pandemia que se instalou em todo o mundo. A celebração da Páscoa ajuda a dar especial significado aos redobrados cuidados, assegurados por tantos profissionais de saúde. Se nesse serviço acontece dedicação e amor ao próximo, então, também aí, Cristo se identifica com o doente e com aquele que dele cuida”, afirmou D. José Traquina na homilia da celebração da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Sé de Santarém, enviada à Agência ECCLESIA.
A Páscoa é a “solenidade das solenidades da Igreja, mas este ano a solenidade é sóbria e restrita, por prudência e defesa da saúde dos fiéis”, reconhece o responsável.
Mas o presente contexto “reforça mais o modo como a vida dos cristãos deve ser traduzida em amor e serviço. No ambiente de uma família ou comunidade cristã, não interessa a importância social de cada um dos membros. Interessa, sim, que reine a verdade e o amor e haja solidariedade”.
“Este jejum sacramental obrigatório a que estão sujeitos os cristãos, é do conhecimento de Deus. Pedimos-lhe que conceda a todos a graça da participação, em comunhão espiritual”, afirmou.
O gesto do Lava-pés quer traduzir “o espírito que deve animar a vida de todos os cristãos: amar e servir”, pois, destaca D. José Traquina, “os sacramentos da fé devem traduzir-se na vida”.
“Preocupados uns pelos outros e pelo mundo, como acontece especialmente nesta altura, a celebração da Páscoa mobiliza-nos a sermos um dom para os outros, procurando estar do lado das soluções, agindo com generosidade e confiança”, afirmou.
Na celebração estiveram presentes o bispo emérito D. Manuel Pelino e alguns sacerdotes residentes no edifício do Seminário de Santarém.
A diocese informa que “até domingo de Páscoa”, D. José Traquina vai enviar uma mensagem aos diocesanos via Facebook, todas as manhãs, com excepção de “sábado, dia de silêncio da morte do Senhor”.
LS