Quinta-feira Santa: Bispo de Vila Real pede «criatividade, entreajuda e partilha» para superar momento de crise

D. António Augusto Azevedo presidiu à Missa Crismal e à Missa da Ceia do Senhor com transmissão online

Vila Real, 09 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real presidiu hoje à Missa Crismal e à Missa da Ceia do Senhor, na Sé da diocese, com transmissão online, pedindo que esta seja uma Páscoa “com mais interioridade e profundidade”, marcada pela atenção a quem passa por dificuldades.

Na homilia da celebração da manhã, a Missa Crismal, D. António Augusto Azevedo apontou a dificuldades que vão exigir “solidariedade, acompanhamento espiritual e apoio material”.

O responsável católico defendeu a necessidade de “criatividade, entreajuda e partilha”, com comunidades cristãs “mais pascais, vivas e solidárias”.

A intervenção questionou a forma de “ser padre e pastor de comunidades neste contexto duro e insólito”, recordando que ninguém está dispensado das “obrigações cívicas”.

Para o bispo de Vila Real, os membros do clero devem ser “criativos e efetivos” para manifestar a proximidade a todas as pessoas, a começar pelas mais fragilizadas.

Quanto à pastoral da Igreja, acrescentou, este momento de suspensão das celebrações comunitárias mostra a importância de valorizar mais o “contexto familiar”.

D. António Augusto Azevedo sublinhou que este não é um “tempo de interregno, de pausa, muito menos de férias”, no qual já se começa a desenhar “um amanhã muito diverso” do que era imaginado.

O prelado apelou, por isso, a uma “grande capacidade de discernimento pastoral”.

Não sabemos ainda quando e como sairemos deste crise, mas vamos percebendo que muitas coisas mudarão.

Num dia especial para o clero, a Quinta-feira Santa, o bispo de Vila Real começou por “dar graças pelo dom do sacerdócio”, deixando uma palavra de gratidão especial aos membros mais idosos do clero, pela sua “entrega generosa”.

No final da celebração foram abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o óleo do crisma, utilizados na celebração de vários sacramentos, que depois vão ser distribuídos pela diocese.

“Que seja uma Páscoa profunda, vivida com uma fé muito forte, com muita espiritualidade”, concluiu D. António Augusto Azevedo.

OC

Notícia atualizada às 18h40

De tarde, na Missa que dá início ao Tríduo Pascal, D. António Augusto Azevedo falou de um “momento decisivo” da Páscoa de Jesus, a Última Ceia.
“Manifestamos a nossa vontade e disponibilidade para, nesta Páscoa, estarmos com Cristo”, destacou.

Neste dia, importa sublinhar e dar graças ao Senhor porque há tantos homens e mulheres do nosso tempo que, no quotidiano da sua vida, na sua profissão, servem com amor e dedicação o seu próximo”.

O responsável destacou que a suspensão das celebrações comunitárias, “motivo de grande sofrimento e dor para todos”, deriva da “defesa da própria saúde e dos outros”.
“Peçamos ao Senhor que, passados estes dias difíceis, os cristãos voltem, ainda com mais fé, com mais alegria, a participar na Eucaristia”, declarou.

 

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