Documento apresentado em conferência de imprensa
Cidade do Vaticano, 12 fev 2020 (Ecclesia) – O secretário especial do Sínodo para a Amazónia, cardeal Michael Czerny, disse hoje no Vaticano que a nova exortação apostólica do Papa é um documento de “reconciliação” na Igreja.
O responsável falava, em conferência de imprensa, sobre o documento ‘Querida Amazónia’, na qual Francisco evita as polémicas sobre a possibilidade de ordenação sacerdotal de homens casados, que marcaram os trabalhos de outubro de 2019.
Segundo o responsável, há questões que “continuam em aberto”, dado que o pontífice assume que não quer substituir ou repetir as conclusões do documento final do Sínodo especial para a Amazónia.
O cardeal Baldisseri, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, referiu aos jornalistas que esse documento final “não é magistério” pontifício, dado que não existiu não há uma aprovação formal e explícita do documento final, apenas uma apresentação.
Andrea Tornielli, diretor editorial do Dicastério para a Comunicação Social, explica em texto publicado pelo portal ‘Vatican News’ que “o Sucessor de Pedro, depois de ter rezado e meditado, decidiu responder, não prevendo mudanças ou outras possibilidades de exceções em relação às já previstas pela disciplina eclesiástica atual, mas pedindo para recomeçar do essencial”.
A Rede Eclesial Pan-Amazónica (REAPN) publicou um comunicado, após a publicação da exortação apostólica pós-sinodal, convidando a ver no texto um “compromisso real de agir em favor da vida, e da vida em abundância, para esta Amazónia e para as gerações futuras em todo o mundo”.
A sala de imprensa da Santa Sé apresentou depoimentos de vários especialistas, como o jesuíta Adelson Araújo dos Santos, professor de Teologia Espiritual; a irmã Augusta de Oliveira, responsável geral das Irmãs de Maria Reparadora; e o cientista brasileiro Carlos Nobre, um dos autores do IV Relatório de Avaliação do IPCC, organismo que, em 2007, foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz.
OC