Lisboa, 24 nov 2014 (Ecclesia) – 28 cristãos foram assassinados este sábado no Quénia, quando viajavam num autocarro com 60 passageiros, no nordeste do país, que foi intercetado por militantes islâmicos do grupo ‘Al-Shabaab’.
“Os mujahedin concluíram com sucesso uma operação junto a Mandera, neste sábado, e de que resultou na morte de 28 cruzados”, disse o porta-voz das milícias radicais islamitas da Somália, Al-Shabaab, com ligações à AlQaeda, divulgou a agência Reuters.
Por seu lado, a televisão inglesa BBC informou, segundo um dos sobreviventes, que os militantes islâmicos separaram os somalis dos quenianos e obrigaram-nos a “recitar alguns versículos do Corão”.
“Aos que não conseguiram fazê-lo, mandaram-nos deitar no chão e foram alvejados à queima-roupa”, contou Ahmed Mahat sobre o assassinato de 19 homens e nove mulheres.
O autocarro tinha como destino a capital do Quénia, Nairobi, quando foi desviado a 50 quilómetros da cidade de Mandera, uma cidade fronteiriça com a Somália, de onde o grupo islâmico é original.
Este atentado terrorista, segundo o grupo Al-Shabaab, foi uma retaliação pelas operações militares quenianas contra os militantes que operam na Somália, em concreto sobre quatro mesquitas na costa do Quénia, no início da semana.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza que, em junho de 2014, houve um ataque à aldeia de Mpeketoni, “cuja população é maioritariamente cristã”, e causou cerca de “meia centena de mortos”.
“Os guerrilheiros atacaram dois hotéis e pararam os automóveis e os peões que passavam, perguntando-lhes se eram muçulmanos ou cristãos. Se fossem cristãos, eram mortos”, disse na altura D. Emanuel Barbara, em declarações à agência Fides.
O grupo islâmico Al-Shabaab reivindicou o ataque ao centro comercial Westgate em Nairobi, capital do Quénia, onde morreram 67 pessoas, em setembro de 2013.
AIS/CB