Quaresma: Diocese do Porto vai colaborar na adaptação de espaços para acolher pessoas em situação de sem abrigo

Nota Pastoral do bispo diocesano desafia à «partilha quaresmal» que ajude a combater uma «realidade chocante»

Foto João Lopes Cardoso/Diocese do Porto, D. Manuel Linda

Porto, 22 fev 2020 (Ecclesia) – O bispo do Porto divulgou esta sexta-feira uma Nota Pastoral para a Quaresma e informou que a diocese vai ajudar, com a partilha quaresmal, na “adaptação de espaços e instalação de ‘camas de emergência’ para os sem-abrigo”.

“Consultados os diversos órgãos de participação diocesanos, decidi que o produto desta partilha quaresmal, para além de alguma reserva para ocorrer a situações particularmente graves que venham a surgir, se destine a colaborar na adaptação de espaços e instalação de «camas de emergência» para os sem-abrigo”, afirmou D. Manuel Linda.

No documento divulgado na página da internet da Diocese do Porto, o bispo diocesano considera que a existência de pessoas em situação de sem-abrigo é uma “realidade chocante” com a qual os cidadãos são “confrontados todos os dias”.

Na Nota Pastoral “Quaresma: a alegria da vida nova”, D. Manuel Linda afirma que o tempo de preparação par a Páscoa “interliga-se com o batismo”, que constitui a “referência central” do programa pastoral deste ano na diocese.

O bispo do Porto lembra “as tradicionais vias da escuta da Palavra de Deus, oração, penitência e esmola” e apela a uma “conversão que passa pela confissão e comunhão sacramentais”.

D. Manuel Linda convida à “leitura do evangelista do ano, São Mateus”, à “oração pessoal” e à participação na Missa de Domingo.

“Não obstante a necessidade de se repensarem as formas habituais de penitência, continuam válidas a abstinência de carnes em todas as sextas feiras e o jejum na quarta feira de cinzas e na sexta feira santa, dia da morte do Senhor; renúncia ao supérfluo, em função da partilha fraterna”, acrescenta o documento.

Para o bispo do Porto, a partilha fraterna é uma resistência à “ditadura das pequenas coisas”, à “tentação do comodismo e materialismo de vida” e uma defesa da “contínua tentação” das pessoas serem “cúmplices das injustiças do mundo”.

“Vivamos esta quaresma cristãmente para saborearmos e participarmos na alegria e na santidade do Ressuscitado”, conclui D. Manuel Linda.

PR

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