Bispo da Guarda destina donativos das comunidades ao fundo de solidariedade local e à Diocese de São Tomé e Príncipe
Guarda, 28 fev 2022 (Ecclesia) – O bispo da Guarda divulgou hoje a sua mensagem para a Quaresma 2022, que se inicia esta quarta-feira, pedindo maior atenção às famílias e aos “mais frágeis”.
“Cuidado especial nos pedem as famílias, particularmente as que passam por maiores dificuldades. Sentimos a urgência de estar perto de cada uma delas e, por caminhos discretos, descobrirmos as situações familiares que mais precisam de ajuda, também de forma discreta, mas eficaz”, escreve D. Manuel Felício, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Apontando aos 40 dias de preparação para a Páscoa, o responsável católico sublinhou que a “conversão quaresmal tem de passar também pela atenção devida aos mais frágeis”, principalmente “procurando organizar, da melhor maneira, nas comunidades, a pastoral dos doentes”.
D. Manuel Felício convida as comunidades católicas à “prática da sinodalidade”, inserindo-se no processo do Sínodo 2021-2023, lançado pelo Papa, em outubro, e que decorre neste momento a nível local.
“Esta convida-nos, antes de mais, para o exercício da escuta mútua e, depois, para juntos – através da oração, da reflexão e do encontro com a Palavra de Deus – escutarmos o Senhor, que nos quer falar”, indicou.
O bispo da Guarda propõe um maior diálogo entre gerações, “principalmente na preparação próxima para a Jornada Mundial da Juventude” (JMJ), que vai decorrer em Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023.
A diocese vai receber a partir de 5 de março os símbolos da Jornada, a Cruz dos jovens e o ícone de Maria ‘Salus Populi Romani’.
Para D. Manuel Felício, esta peregrinação é uma “grande oportunidade para, em espírito de conversão quaresmal, convidar os jovens para este grande evento, mas também para reforçar a vontade de renovar a pastoral juvenil” na diocese.
A Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa no calendário católico, começa este ano a 2 de março, com a celebração das Cinzas.
Uma das práticas deste tempo é a renúncia quaresmal, em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
D. Manuel Felício decidiu que os donativos das comunidades católicas vão a ajudar a Diocese de S. Tomé e Príncipe, “nomeadamente para apoiar o alargamento de uma escola”.
Outra parte da renúncia vai reforçar o fundo de solidariedade da Diocese da Guarda, “para apoiar paróquias mais necessitadas, cuja situação se agravou ainda mais com os efeitos da pandemia”.
OC