Quaresma: Bispo de Setúbal reforça apelo à generosidade com as crianças da Terra Santa

D. Américo Aguiar lembrou «fome, guerra, violência e morte» e incentivou à solidariedade na renúncia quaresmal

Foto Diocese de Setúbal

Setúbal, 23 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal lembrou que parte da renúncia quaresmal da diocese vai apoiar as crianças que na “terra de Jesus vivem o terror da guerra”, incentivando à solidariedade dos diocesanos, numa mensagem para a Semana Santa.

“Reforço o meu pedido para que a generosidade de todos e de cada um signifique um apoio generoso a estas crianças que infelizmente vivem a guerra”, diz o cardeal D. Américo Aguiar, no vídeo publicado este sábado, dia 23 de março, nas redes sociais da Diocese de Setúbal.

A 7 de outubro de 2023, militantes do Hamas atacaram o sul de Israel, onde mataram cerca de 1200 pessoas e fizeram centenas de reféns; como retaliação israelita a Faixa de Gaza, com 2,3 milhões de habitantes, tem estado sob bombardeamentos e ataques.

Neste contexto, o bispo de Setúbal salienta que as crianças “na terra de Jesus” estão a viver “o terror da guerra: da fome, da guerra, da violência e da morte”.

D. Américo Aguiar, na mensagem para a Quaresma, informou que a renúncia quaresmal 2024 destina-se ao Fundo de Emergência Diocesano, que apoia pessoas “em situações críticas”, e a ajudar as crianças vítimas da guerra na Terra Santa, que será entregue ao patriarca Latino de Jerusalém, o cardeal Pierbattista Pizzaballa.

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

O cardeal português, na sua mensagem para a Semana Santa à Diocese de Setúbal lembra que esta “semana maior” começa com a celebração dos Ramos, já este domingo, dia 24 de março.

“Vamos acompanhar Jesus nos seus passos, vamos fazer caminho com ele. Ao longo destas semanas da Quaresma, cada um de nós, pela oração, pelo jejum, pela esmola, fomo-nos aproximando mais daquilo que o Senhor quer de cada um de nós, e fomo-nos libertando daquilo que nos afasta”, desenvolveu.

“Que este caminho que nos falta percorrer até à Ressurreição de Jesus complete em nós aquilo que falta verdadeiramente para que Cristo Vivo possa habitar com verdade no nosso coração e nos possa converter àquilo que o Senhor deseja para todos e cada um de nós”, desenvolve.

O bispo de Setúbal deseja que “juntos”, no Domingo de Páscoa, possam “gritar ao mundo inteiro, testemunhar ao mundo inteiro”, essa alegria de encontrarem, descobrirem, reconhecerem, adorarem com as suas vidas, “porque Cristo vivo habita os corações”.

O cardeal D. Américo Aguiar destacou também a celebração da Missa Crismal, na manhã de Quinta-feira Santa, no dia 28 de março, salientando que os sacerdotes vão renovar os seus votos para manifestar, “acima de tudo gratidão a cada um”, lembrando casos particulares, o bispo eleito da Diocese de Beja, D. Fernando Paiva do presbitério de Setúbal, o monsenhor José Lobato, e o padre Rodrigo Mendes, pároco no Barreiro, que faleceu a 09 de novembro de 2023.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início com a celebração de Cinzas (14 de fevereiro, em 2024), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).

CB

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Agência ECCLESIA

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