Quaresma: Bispo de Aveiro apresenta convite a «caminhar e abrir o coração à mudança»

D. António Moiteiro lembra que «desafios» para «refletir e decidir juntos»

Foto: Diocese de Aveiro

Aveiro, 25 fev 2021 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro apresentou a Quaresma como “um convite a caminhar e abrir o coração à mudança”, sublinhando os “muitos desafios” que se devem “refletir e decidir” em conjunto pela comunidade católica.

“O desafio a edificar uma Igreja referida a Cristo, mais do que a si mesma; o desafio a levar a sério a natureza comunitária da Fé”, são dois desafios apresentado por D. António Moiteiro na mensagem para a Quaresma.

No documento, enviado hoje à Agência ECCLESIA, o bispo de Aveiro indica também o desafio a “viver em estado de comunhão e de recomeço”.

“Através de uma leitura atenta aos sinais dos tempos e de uma capacidade renovada de aprofundar os aspetos espirituais que comportam uma ação apostólica mais sólida”, explicou.

‘Quaresma, um convite a caminhar e abrir o coração à mudança’, é o título da mensagem de D. António Moiteiro para o novo tempo litúrgico, que a Igreja Católica vai começar a viver, este ano, no próximo dia 2 de março.

O responsável católico observa que o tempo de Quaresma é um convite “a mudar de vida, a cuidar da fé, que é encontro com o Pai através de Jesus, pela ação do Espírito”.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, e são “caminhos que ajudam a viver este tempo favorável” para saírem transformados.

O bispo de Aveiro informa que a renúncia quaresmal vai ser para apoiar um projeto nacional e outro internacional, “metade para os deslocados da guerra de Cabo Delgado”, na Diocese moçambicana de Pemba, e a outra parte para o Fundo Solidário do Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC) diocesano.

“Sendo tempo propício para a conversão, apelando ao jejum, ao despojamento e à partilha fraterna (cf. Mt 6,1-18), procuremos, nesta Quaresma, não fazer dos bens materiais as nossas prioridades de vida e vivê-la em ambiente familiar e comunitário com mais intensa oração pessoal e comunitária, atentos às necessidades dos que clamam e imploram misericórdia”, acrescentou.

Na sua mensagem, D. António Moiteiro refere-se ao caminho sinodal, que a Igreja Católica está a realizar até 2023, como um “convite à conversão”, e explica que sinodalidade na Igreja “não significa que as coisas venham a ser mais fáceis e mais cómodas”.

“Não se limita a estar juntos, mas a procurar caminhar juntos. Não podemos pretender que o caminho de um seja o caminho de todos, mas de buscar um caminho tecido entre todos. O caminho sinodal é, pois, profundo convite à conversão pessoal, pastoral e eclesial; O serviço e o diálogo são as atitudes fundamentais desta conversão”, desenvolveu o bispo de Aveiro, na mensagem para a Quaresma.

D. António Moiteiro vai presidir à celebração de Quarta-feira de Cinzas, que é transmitida online, a partir das 21h30, na Sé de Aveiro.

CB/OC

 

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