Quaresma: Bispo de Angra destina donativos dos católicos ao apoio às vítimas da pandemia

D. João Lavrador defende maior atenção ao impacto da crise provocada pela Covid-19

Foto: Lusa

Angra do Heroísmo, Açores, 13 fev 2021 (Ecclesia) – O bispo de Angra anunciou que a renúncia quaresmal de 2021 vai recolher donativos das comunidades católicas locais para apoiar as vítimas da pandemia no arquipélago dos Açores.

“Neste ano, mais uma vez não poderemos ignorar a pandemia que nos invade e tanto sofrimento, pobreza e solidão está a provocar. Esta situação apela à partilha com todos os que sofrem”, escreve D. João Lavrador na mensagem para a Quaresma deste ano, divulgada pelo portal diocesano de informação.

O texto tem como título uma passagem do Evangelho segundo São Marcos: ‘Iam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus seguia adiante deles’ (Mc. 10, 32).

O bispo de Angra apela ao envolvimento de todos os diocesanos na vivência de um itinerário de oração e conversão, fazendo da caridade “um impulso de coração”.

A mensagem indica o destino do contributo penitencial ou a renúncia quaresmal, com que cada católico se associa, através dos seus donativos, a uma causa solidária estabelecida em cada diocese.

Em 2021, a Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde e a Cáritas diocesana serão os destinatários deste contributo, “para ajudar a suster os efeitos da pandemia”.

“O fruto da renúncia quaresmal a nível da diocese, em todas as comunidades cristãs, será destinado para ajudar as vítimas da pandemia do Covid-19”, indica D. João Lavrador.

O responsável católico sublinha que este contributo é “de máxima urgência”, pedindo às paróquias que “façam a entrega do montante da renúncia quaresmal o mais depressa possível”.

“Ninguém pode ser cristão alheado do mundo no qual vive nem da comunidade na qual é chamado a participar ativamente”, acrescenta.

A mensagem reflete sobre várias das práticas tradicionais que a Igreja Católica propõe para os 40 dias de preparação para a Páscoa.

“Pelo jejum e pela esmola, pela ascese e austeridade de vida, pela escuta mais assídua da Palavra, pela frequência dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação e pela oração mais intensa e fervorosa, fortalecemos a comunhão com Deus e com os nossos irmãos”, refere o bispo de Angra.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas (17 de fevereiro, em 2021), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 4 de abril.

OC

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Agência ECCLESIA

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