Quaresma: Arcebispo de Évora prescreve três remédios para olhar quem está próximo

D. José Alves destina renúncia quaresmal ao seminário Redemptoris Mater

Évora, 18 fev 2017 (Ecclesia) – O bispo de Évora, D. José Alves, pede aos católicos que durante a Quaresma tomem "três remédios" para que possam "ver quem está à volta" e para que se deem "valor às pessoas".

"Se os tomarmos, veremos melhor quem vive à nossa volta, daremos mais valor às pessoas do que aos bens materiais e seremos ajuda de Deus para os outros já neste mundo", afirma o prelado na mensagem que escreve para a Quaresma.

A oração, o jejum e a esmola são "três remédios" que "fazem crescer o desejo de abrir as portas do coração e permitem que o amor se expenda à volta de quem os toma", sugere o bispo numa mensagem intitulada «Abre as portas do coração».

Sugere D. José Alves a "palavra de Deus" como ajuda para um caminho de encontro aos outros.

"A ajuda vem-nos da Palavra de Deus que nos aponta o caminho certo e nos diz que os outros não são um empecilho nem um mero instrumento ao nosso serviço.  Podemos até dizer que são caminho para Deus, nomeadamente, quando experimentam a pobreza e vivem perto de nós".

Alerta o arcebispo de Évora para a sociedade que instiga a "sentimentos de insegurança", potenciando o "individualismo", que "importa combater na busca de uma sociedade mais humana e solidária".

D, José Alves sublinha que o ciclo litúrgico que os cristãos vão iniciar "solicita" a atenção para esta realidade individualista.

O arcebispo de Évora dá conta que a renúncia quaresmal se vai destinar à manutenção do Seminário Redemptoris Mater, "que não tem receitas próprias" e onde se encontram a estudar "11 jovens que sentiram o chamamento de Deus".

"Convido-vos a abrir os olhos do vosso coração para esta nova realidade e a deixar-vos interpelar por ela. Antes de mais, agradecei-a a Deus. Depois pensai que precisa de vossa ajuda espiritual e material".

A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas (1 de março, em 2017), é um período de 40 dias, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

LS

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