D. José Alves sublinha que a crise tem na sua base uma falta de valores que importa contrariar com a «riqueza» do Espirito Santo
Évora, 26 fev 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora desafia os católicos a viverem a Quaresma “animados pelo Espirito Santo” e com a “ousadia” de quem é capaz de “ver, tocar e aliviar as misérias humanas”.
“A miséria material é a mais visível mas a miséria espiritual é a mais profunda. Ela é causa e raiz das outras duas. Por isso, merece uma atenção particular”, aponta D. José Alves na sua mensagem para o tempo litúrgico que antecede a Páscoa, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Baseando-se na mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, o prelado recorda que o “estilo de Deus” não é nem o da “riqueza nem do poder humano mas da pobreza e do amor”.
“Se estivermos animados pelo Espírito de Cristo, a riqueza espiritual poderá passar para os outros através da nossa pobreza pessoal e comunitária”, sublinha.
D. José Alves exorta ainda os fiéis a serem exemplos de “despojamento” numa “sociedade, cada vez mais materialista e carecida de valores”.
A renúncia quaresmal deste ano, da Arquidiocese de Évora, vai ser encaminhada para a construção do mosteiro das Monjas de Belém, obra que está a ganhar forma no Vale Covo, na Paróquia do Couço.
O edifício, que acolhe atualmente cinco monjas, vai entrar na sua segunda fase de desenvolvimento, “orçada em novecentos mil euros”.
De acordo com o arcebispo de Évora, a ajuda das comunidades é essencial para que o mosteiro cumpra com as suas “potencialidades”, ou seja, que se assuma como um “extraordinário foco de espiritualidade a irradiar, ao perto e ao longe, a sua luz fulgurante”.
A Quaresma, que este ano se inicia a 5 de março, com a celebração de Quarta-feira de Cinzas, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
JCP