Bispo de Coimbra sublinha lições de pandemia, em proposta centrada na figura de São José
Coimbra, 13 fev 2021 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra convidou as comunidades católicas da diocese a viver a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa, com atenção a “cada pessoa”, num momento marcado pela pandemia.
“Torna-se cada vez mais evidente que cada coisa tem o seu devido lugar e a sua importância no caminho que fazemos para criar melhores condições de vida para todos. Percebemos agora melhor que acima de tudo contam as pessoas, cada pessoa, que é um dom de Deus e um dom para os outros”, escreveu D. Virgílio Antunes, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O responsável propõe uma Quaresma “verdadeiramente diferente”
“Não só por nos encontrarmos em situação de pandemia, mas porque os apelos de Deus soam mais fortes aos nossos ouvidos e nos convidam a levantarmo-nos com coragem criativa, na fé, na esperança e no amor”, aponta.
A mensagem tem como título ‘Com coragem criativa, levanta-te!’ e apresenta um desafio à Igreja Católica, para que evite cair numa situação de “desânimo e prostração” e reconheça os sinais de esperança que surgem neste momento.
“Reconhecemos e agradecemos a força de humanidade, fraternidade, solidariedade e amor arrancada ao mais fundo de nós mesmos, numa onda de bondade que nos comove e nos faz antever clareiras de esperança”, indica D. Virgílio Antunes.
O bispo de Coimbra convida a uma Quaresma “com São José”, no ano especial que o Papa lhe dedicou, para assinalar o 150.º aniversário da sua declaração como padroeiro da Igreja universal.
A mensagem fala numa “grande inspiração” para todos os católicos, por ser alguém que “nunca desanimou, nem baixou os braços, por confiar que estava nas mãos de Deus”.
“Cabe-nos, por isso, como indivíduos, como famílias, como Igreja e como comunidade organizada em todas as suas estruturas, cuidar das pessoas, como José cuidou de Jesus e de Maria”, indica D. Virgílio Antunes.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas (17 de fevereiro, em 2021), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 4 de abril.
“O jejum, a oração e a esmola, práticas centrais da Quaresma, juntamente com outras modalidades da vivência cristã, devidamente compreendidas e adequadas às circunstâncias em que vivemos, nos conduzam à conversão ao amor de Deus e ao amor dos irmãos”, apela o bispo de Coimbra.
OC